quinta-feira, 25 de abril de 2013

A TRILOGIA BOURNE - DEPOIS DELES, OS FILMES DE AÇÃO NUNCA MAIS FORAM OS MESMOS.

A trilogia Bourne - depois deles, os filmes de ação nunca mais foram os mesmos. A trilogia Bourne, a que me refiro, são três filmes de ação, espionagem e suspense com o ator Matt Damon no papel de do ex-agente da CIA Jason Bourne. Os filmes são A IDENTIDADE BOURNE (2002), A SUPREMACIA BOURNE (2004) e ULTIMATO BOURNE (2007). Bourne é um ex-agente de espionagem americano da CIA que depois de receber um supertreinamento, torna-se um dos assassinos de uma operação secreta da CIA. Em conflito, resolve abandonar a agencia depois de não conseguir completar uma missão. Ao tentar fugir de um barco, é alvejado, cai no mar, é encontrado por pescadores, e descobre que perdeu a memória. Ao longo dos três filmes, caminhamos com Bourne por várias cidades do mundo entre fugas e extraordinárias cenas de ação em busca de sua verdadeira identidade - o que só conseguimos saber nos últimos minutos do terceiro filme. O primeiro filme ( A Identidade...) é comum, apesar de um roteiro interessante e cenas de ação muito boas. A mudança aparece no segundo filme ( Supremacia), e continua no terceiro ( Ultimo) com uma inovadora câmera sempre em movimento, que nos dá uma sensação de sermos expectadores presentes à cena. Além disso, as cenas de ação são totalmente diferentes do que se viu até então como uma espetacular perseguição de automóveis pelas ruas de Moscou no segundo filme, ou uma tensa e sensacional corrida por telhados no terceiro, (Ultimato), que concorreu a três OSCARs e ganhou todos. A atuação de Matt Damon é muito boa. O destaque é para a direção de John Greengrass no segundo e terceiro filmes, além do roteiro de TONY GILROY, que também dirige o primeiro filme. O personagem e os filmes são baseados em três novelas do autor ROBERT LUDLUM.

domingo, 14 de abril de 2013

LOOPER – ASSASSINOS DO FUTURO (2012 ), UMA ALUCINAÇÃO FUTURISTA ENVOLTA EM CENAS DE AÇÃO

LOOPER – ASSASSINOS DO FUTURO (2012 ) Uma alucinação futurista envolta em fortes cenas de ação, crime organizado, viagens no tempo e, como pano de fundo, assinalar as transformações pessoais advindas da perda um ente querido. “LOOPERS” são assassinos contratados por gangsters do futuro, que através de uma máquina do tempo, enviam para o tempo presente (2044) as pessoas que eles querem ver mortas no seu tempo. Um jovem LOOPER ( GORDON-LEVITT ) leva uma vida sem sentido de acumulação de riquezas oriunda do seu trabalho sujo. Quando ele próprio, mais velho ( WILLIS ), é enviado de volta no tempo para ser eliminado, as transformações pelas quais ele passou ao longo de 30 anos, e os novos valores que ele adquiriu, irão transformar o mundo ao seu redor. O filme é bom! O roteiro é interessante, apesar da história non sense. Está disponível para assinantes da GVT, no canal ON DEMAND. A inteligente direção e o intrigante roteiro são de RIAN JOHNSON, com os atores principais BRUCE WILLIS, que dispensa apresentações, mas é um ator fraco, JOSEPH GORDON-LEVITT, numa boa interpretação, e a jovem, bela e boa atriz, EMILY BLUNT.

VAI QUE DÁ CERTO (2013) - EM CARTAZ NOS CINEMAS UMA COMÉDIA MEIO SEM GRAÇA

Uma comédia nacional que não empolga, com um roteiro lento e com muitas piadas sem graça. Esse é o meu resumo desse filme nacional recheado de bons atores e comediantes brasileiros, mas que juntos não conseguem nos fazer rir como outros filmes da safra atual do cinema nacional. A história gira em torno de vários amigos do colégio, que já maduros, se reencontram para melhorar suas vidas sem graça e tramam um assalto a um carro forte. Tudo dá errado para esses trapalhões modernos. A direção é de MAURÍCIO FARIAS, escrito por ALEXANDRE MORCILO e FÁBIO PORCHAT, que também atua, junto com GREGÓRIO DUVIVIER, BRUNO MAZZEO, DANTON MELLO e LÚCIO MAURO FILHO.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Ilha do Medo (Shutter Island) EUA 2010 com LEONARDO DI CAPRIO

A Ilha do Medo (Shutter Island) EUA 2010. Direção: Martin Scorcese. Roteiro: Laeta Kalodridis. Baseado em livro de Denis Lehane. Atores: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Max Von Sydow, Ben Kingsley. Esse grande sucesso de bilheteria, o maior sucesso financeiro na carreira do premiado diretor Martin Scorcese, é um thriller que assusta na propaganda, mas não dá o medo que promete. Eu que não sou muito fã de filmes de terror, já tenho esse filme há meses na minha coleção e nunca quis assisti-lo. Mas o título e o trailler enganam propositadamente para atrair um público amante dos filmes de terror. Parece que conseguiu, pois o filme foi um retumbante sucesso financeiro na carreira desse diretor "das antigas" Martin Scorcese, que já acumulou na sua carreira filmes memoráveis como TAXI DRIVER (1976), OS BONS COMPANHEIROS (1990) e GANGUES DE NOVA YORK (2000). A trama começa quando dois policiais federais desembarcam numa ilha usada unicamente como manicômio e presídio federal. A trama caminha para um final surpreendente onde realidade, loucura, suspense e horror são apresentados de forma crescente e surpreendente. Destaque para as interpretações de LEONARDO DI CAPRIO e BEM KINGSLEY. No final é mais um filme de suspense do que um filme de horror.

domingo, 24 de março de 2013

LAZY TOWN - AS AVENTURAS DO PIRATA

No sábado 24 estivemos em família no Chevrolet Hall em Recife assistindo ao espetáculo infantil LAZY TOWN, AS AVENTURAS DO PIRATA. Trata-se do seriado de grande sucesso da TV PAGA (Discovery Channel) que nosso filho de 5 anos adora. Foi maravilhoso vê-lo assistindo ao vivo as peripécias, a música, a dança e as aventuras de SPARTACUS o grande herói e Sthephanie, a menininha heroína. Dessa vez a dupla protege a cidade de LAZY TOWN contra uma invasão de um pirata. O importante é que nosso filho adorou e pela reação das muitas crianças e pais que lotaram a casa, o sucesso na nossa cidade foi imenso. Valeu a pena!

AMADEUS (1984) e o gênio criativo de Mozart

Amadeus é um drama biográfico livremente baseado nas vidas de WOLFGANG AMADEUS MOZART e ANTONIO SALIERI, dois compositores clássicos que viveram na cidade de Viena, Áustria da segunda metade do século dezoito. A direção é de MILOS FORMAN, ganhador do OSCAR, e o roteiro de é de PETER SHAFFER (OSCAR de melhor roteiro). O filme foi indicado a 53 prêmios, tendo ganhado 40 inclusive 8 OSCARS, incluindo os de melhor filme, ator (F. MURRAY ABRAHAM), melhor diretor, melhor roteiro, melhor figuro, maquiagem, direção de arte, roteiro adaptado. Um dos melhores filmes que vi em toda a minha vida e um dos responsáveis pela devoção que dedico ao cinema. Ao assistir pela primeira vez esse filme na minha juventude, fiquei extremamente impressionado por dois pontos principais. O primeiro deles a música e a vida de Mozart, que atualmente reconhecido como sendo um dos maiores compositores musicais da história da humanidade, foi enterrado numa cova para indigentes; e o segundo ponto, foi a beleza das cenas gravadas em cenários reais da velha cidade de PRAGA e VIENA, embaladas pela maravilhosa música de Mozart. O filme conta a história de Mozart sob a ótica de um compositor italiano contemporâneo de Mozart chamado ANTONIO SALIERI (F. MURRAY ABRAHAM) que no fim da vida, confessa a um padre como conspirou secretamente para a derrocada de Mozart nos seus primeiros anos na cidade de VIENA. Essa versão, não tem registro histórico e é uma ficção montada dentro da verdadeira história de Mozart que é magistralmente resumida nesse filme. No filme encontramos a figura sempre presente e dominadora do seu pai, que o treinou desde os primeiro anos. Esse talento extraordinário desde cedo começou a entregar para humanidade uma das obras mais extensas, influentes e belas de toda a história da humanidade. Mozart é mostrado como um boêmio, lascivo, irresponsável, petulante e orgulhoso, que apesar do talento único, não consegue sucesso entre as duas classes dominantes à época, o clero católico e a corte do rei Austríaco. Mozart em vida encontra sucesso somente entre as classes menos abastadas, em óperas bufas como “AS BODAS DE FÍGARO” e “A FLAUTA MÁGICA”, que têm seus mais famosos trechos reproduzidos no filme. Para mim um dos melhores filmes já feitos em todos os tempos, e obrigatório para os amantes da boa música, da música clássica e da obra de W. Amadeus Mozart.

domingo, 17 de março de 2013

Cinema digital vai dominar as projeções em Pernambuco Inauguração de quatro salas na rede Cinemark amplia espaço para a nova tecnologia no estado

DIÁRIO DE PERNAMBUCO Publicação: 20/02/2013 11:20 Atualização: 20/02/2013 11:50 Salas na Região Metropolitana estão dando adeus ao formato 35mm. Foto: Box Cinemas/ Divulgação. Grandes projetores e pesadas bitolas de película cinematográfica estão com os dias contados no Recife. A aposentadoria compulsória do 35mm - ainda carinhosamente apelidado de “verdadeiro cinema” - por aqui está marcada para 2013, ou, como tudo nesse Brasil, para 2014, no máximo. Nesta quarta-feira, a rede Cinemark (Shopping RioMar) inaugura as últimas quatro salas de seu complexo, o primeiro inteiramente digital. No segundo semestre, a rede UCI estreia o aguardado IMAX, com telas maiores e poltronas reclinadas que proporcionam visualização diferenciada, ideal para filmes de ação e com efeitos especiais. A rede UCI, presente nos shoppings Recife, Boa Vista, Tacaruna e Plaza, mantém o maior número de salas em 35mm. Todas as salas 3D rodam tecnologia analógica e digital, e as outras são apenas analógicas. Até o fim do ano, toda a rede Cinépolis (no Shopping Guararapes) será digitalizada. “O digital facilita a programação, porque é tudo mais rápido, o transporte, a montagem. O filme não precisa ser montado, é só dar ‘play’”, explica a gerente de imprensa da rede, Maria Fernanda Menezes. Em poucos anos, apenas os cinemas São Luiz e da Fundação Joaquim Nabuco devem manter seus projetores de película, atendendo à nostalgia dos cinéfilos, mas também a uma qualidade de imagem e textura ainda não atingida pela tecnologia digital. “O 4K engana muito bem. Ele dá uma sensação de profundidade e nitidez muito boa, o espectador leigo não percebe a diferença. Mas estudos mostram que não se equipara à película”, explica Luiz Joaquim, programador da Fundaj, que vai ganhar seu projetor 4K ainda neste semestre. O equipamento, da Sony, é o de melhor definição no mercado brasileiro, maximizando a resolução para 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. No Full HD, é de 1.920 linhas horizontais por 1.080 verticais. A Fundaj estreia novo cinema em Casa Forte em 2014, equipado com projetor digital 2K. O São Luiz recebe projetores 4K e 3D. A previsão de lançamento é maio. Até o fim do ano, os cinemas Rosa e Silva, Eldorado e Royal, da PMC, devem seguir a tendência e digitalizar todas as salas. “Este é o ano de todo mundo se enquadrar no digital. A qualidade do 35mm ainda é imbatível, mas o problema é o fornecimento de material”, explica Paulo Menelau, diretor da rede. A transição para o digital reduz o custo para menos de R$ 1 mil por cópia, enquanto as películas saem por até R$ 5 mil, a depender da duração do filme. A controversa tecnologia 3D continua em expansão. A próxima sala 3D do Recife será inaugurada em março, no Rosa e Silva. As outras salas 3D ficam no Kinoplex Recife (4), Kinoplex Tacaruna (3), Kinoplex Plaza (2), Caruaru (1), Costa Dourada (1) e Box Cinépolis Guararapes (1), pioneiro da tecnologia no estado, em 2008, com Os mosconautas no mundo da Lua. Está na tela Foto: Sony Pictures/ Divulgação. 35mm As películas de 35 milímetros (medida da largura do fotograma) são o padrão cinematográfico desde os tempos dos Irmãos Lumière. As bitolas proporcionam nitidez e texturas inalcançadas pelo digital. As películas resistem em todos os cinemas pernambucanos, à exceção do RioMar. O brasileiro Tainá: A origem, está neste formato. 4K 4K é uma medida de resolução que se refere a aproximadamente mil pixels transversais. Os projetores 4K geram 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. Isso diminui os quadradinhos da imagem digital, comuns também nas fotografias. Quanto mais perto da tela, mais fácil a percepção da diferença. A tecnologia nas salas 3D da rede UCI. Foto: Paramount/ Divulgação. 3D O 3D consiste basicamente em uma ilusão de ótica que amplia a noção de profundidade do espectador, como se a cena pulasse para fora da tela. Na sala, a ilusão ótica depende da projeção e dos óculos, que comumente recebem críticas de sucateamento. A técnica é a preferida de animações como As aventuras de Tadeu (foto) e Monstros SA. Foto: Callmehollywood.wordpress.com/ Reprodução da internet. IMAX O tamanho das imagens é o principal trunfo do formato Imagem Maximum. As telas chegam a mil metros quadrados de área e são posicionadas com inclinação diferenciada (assim como a plateia), distanciando os limites da imagem. As salas brasileiras são também 3D, com o sistema de duas lentes simultâneas que maximizam o efeito tridimensional. Foto: Paramount/ Divulgação. XD O diferencial da rede Cinépolis no Recife é a tecnologia Extreme Digital Cinema (XD), que comporta filmes em 2D e 3D. As telas são até 50% maiores que as convencionais, do teto ao chão. O projetor é mais brilhante, e o som tem até 50 mil watts de potência, contra 12 mil das outras salas. O filme em cartaz é João e Maria: Caçadores de bruxas (foto).

sábado, 16 de março de 2013

007 - QUANTUM OF SOLACE (2008) – O MAIS VIOLENTO DE TODOS OS FILMES DE JAMES BOND. Não teve o sucesso de CASSINO ROYALE, mas “dá pro gasto”.

Este filme é uma sequencia de “CASSINO ROYALE”, um estrondoso sucesso em 2006, uma reinvenção da franquia e do velho personagem JAMES BOND. Dá continuidade às fortes cenas de ação e violência iniciadas em “CASSINO..” e consolida DANIEL CRAIG como o novo personagem e o novo BOND, mais violento, passional e participando de algumas das melhores cenas de ação de todos os tempos da franquia. Nesse filme, BOND persegue a organização de DOMINIC GREENE (Mathieu Amalric) que disfarçado de investidor na preservação do meio-ambiente na Bolívia, planeja dominar a distribuição de água da nação sulamericana. Nesse meio tempo, Greene planeja um golpe de estado no país com o fim de empossar como presidente um general exilado que em troca, cederá as reservas de água do país para essa organização. À medida que avança na descoberta dos tentáculos da organização, BOND começa a mexer com os interesses da CIA e próprio governo britânico, que juntos o perseguem. Acompanhado somente pela CAMILLE MONTES (Olga Kurilenko), sem o apoio de M (Judi Dench), BOND persegue GREENE até um espetacular desfecho no deserto. Bond é mostrado como um agente que bebe demais, com dificuldades para dormir e com um forte desejo de vingança pela morte de VESPER. Esse comportamento instável e fora de controle, faz com que o MI6 questione sua capacidade de completar a missão. O filme não é tão bom quando CASSINO ROYALE, e por isso não obteve o mesmo sucesso de bilheteria, mas é feliz em dar continuidade na mudança do personagem versus os antigos filmes da série, apresentando um BOND mais violento, instável, apaixonado e com desejo de vingança, o que é bem ao gosto das audiências do cinema atual.

CASSINO ROYALE (2006) – A espetacular reinvenção de um velho personagem, James Bond, e de uma velha história.

O filme é um reinício da franquia que estava em queda depois de vários filmes estrelados por PIERCE BROSNAN, que encarnava muito bem o velho agente dos anos 60 a 90, mas precisava ser reinventada para se comunicar com as novas audiências. A franquia precisava de um novo ator para o papel de BOND e uma história que o encaixasse nos novos filmes de ação que reinavam no período, como a franquia “JASON BOURNE” que se iniciou em 2002 e foi um marco estabelecendo uma trilha a partir do qual todos os filmes de ação deveriam seguir. A escolha de DANIEL CRAIG para o papel de BOND, a princípio muito criticada, mostrou-se um tiro certeiro. O roteiro, baseado num livro de 1953 escrito pelo próprio IAN FLEMING - o criador da série e do personagem -, mostrou-se também uma excelente escolha. O filme mostra um BOND no início de sua carreira, logo após ter recebido sua licença para matar e o codinome 007, menos experiente e mais vulnerável. No filme ele se apaixona por VESPER (EVA GREEN), uma funcionária do tesouro escalada para acompanhar BOND na aventura. DANIEL CRAIG mostrou-se um ator que gosta de fazer as cenas de ação “à moda antiga“, onde ele próprio participou de várias cenas dispensando dublês, tendo se acidentado em uma delas. Sua atuação foi muito elogiada. A história gira ao redor de uma partida de pôquer no CASSINO ROYALE entre BOND e o vilão da LE CHIFFRE, uma espécie de banqueiro internacional do mal. Depois de impedir um ataque terrorista no Aeroporto Internacional de Miami, frustrando os planos de LE CRIFFRE, Bond conhece e se apaixona por Vesper Lynd, uma agente do tesouro enviada para fornecer o dinheiro que ele precisa para frustrar os planos de Le Chiffre, e bancar as altas apostas da tal partida de pôquer. É um dos melhores filmes da série e uma boa diversão. A história continua no filme seguinte, Quantum of Solace. “CASSINO ROYALE” Arrecadou mais de US$ 600 milhões de dólares em bilheteria, sendo na época (2006) o filme de maior sucesso na história da franquia.

JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXAS (2013) – Terror, ação, comédia e aventura num único filme.

É um filme que une terror, comédia e ação ao mesmo tempo, feito sob medida para agradar a audiência jovem e aqueles que gostam de filmes de ação. É porrada do início ao fim, onde as bruxas sempre levam a pior contra os dois irmãos JOÃO e MARIA ( HANSEL & GRETEL na versão americana ). A história é baseada num conto medieval alemão em que duas crianças são abandonadas numa floresta mágica onde se alojam numa casa feita de doces. Transformam-se em caçadores de bruxas e vivem a andar pelos vilarejos das redondezas em busca de toda a sorte de bruxas para matá-las com suas armas de fogo ultramodernas (para a época) e suas habilidades com facas e artes marciais. O filme pega carona no sucesso do ator JEREMY RENNER, escalado no ano passado para a sequência da espetacular série de ação JASON BOURNE, e nos incríveis efeitos especiais da indústria do cinema atual. O resultado é um filme com muita ação, muita pancadaria e um final surpreendente. Valeu pela diversão e passa tempo, mas não espere muito mais do que isso.

quinta-feira, 14 de março de 2013

PARSIFAL - O IDIOTA INGÊNUO de WAGNER, o compositor preferido de HITLER.

Amigos leitores, ultimamente eu tenho ido ao cinema aos sábados à tarde, não para ver cinema, mas para ver grandes óperas clássicas transmitidas ao vivo do METROPOLITAN OPERA de NEW YORK, em HD e com as melhores vozes da atualidade em performances excepcionais. Resolvi compartilhar com vocês a última das peças que fui ver como estímulo para que vocês possam pesquisas nos cinemas perto de suas casas as peças que estão sendo apresentadas. As que eu tenho ido são no Shopping Recife, que tem uma cadeia de cinemas UCI. Vou escrever um pouco sobre PARSIFAL de WAGNER. WAGNER foi um compositor alemão que viveu no século dezenove (1813 – 1883) reconhecido pelas óperas grandiosas, sempre com uma história complexa escrita pelo próprio Wagner, harmonias musicais ricas e orquestrações grandiosas, sempre cantadas em alemão, geralmente exaltando o nacionalismo e a excelência da raça alemã. Obteve grande sucesso na segunda metade do século dezenove e no início do século vinte, entretanto, depois de ter sido usado pelos nazistas para divulgar a superioridade ariana e ser o preferido de Hitler, caiu em desgraça após a segunda grande guerra e foi praticamente banido por décadas dos grandes teatros do mundo. Atualmente não se pode tocar WAGNER no estado de Israel. Nas últimas décadas do século passado suas peças voltaram a ser tocadas e o grande público teve de novo acesso à grandiosidade da obra desse alemão. Seu trabalho, apesar de cercado de controvérsias principalmente antissemitas, é um marco na música mundial e suas óperas são reconhecidas como entre as melhores de todos os tempos. PARSIFAL é a sua última ópera e talvez por este motivo apresente uma marcante religiosidade ao longo dos seus atos. Eu posso resumi-la apresentando a vocês o ambiente em que se inicia a ópera: um rei ferido e doente, líder de uma ordem sacerdotal de cavaleiros cristãos que dão suporte ao seu reinado. A ordem sacerdotal adora o Santo Graal, que vem a ser o cálice sagrado usado pelo nosso Senhor Jesus Cristo na última ceia, antes de ser preso e crucificado; e adora também a LANÇA SAGRADA, que vem a se a lança empunhada pelo soldado romano que cortou o flanco de Jesus Cristo. O rei - AMFORTAS - guardião do Graal e da lança, a perdeu para o malvado KLINGOR, que após roubá-la fere o Rei deixando-o fraco e ferido, sem condições de continuar seu reinado e reaver a lança. KLINGOR, com seu plano malévolo de roubar também o GRAAL e destruir o Rei, entrega-se à feitiçaria, enfeitiçando KUNDRY, uma mulher que nunca envelhece e tem o poder de seduzir PARSIFAL. É nesse momento de desesperança e angústia que aparece PARSIFAL, o idiota ingênuo, um tolo de coração puro. PARSIFAL vendo a situação do reino, e atendendo a um pedido, segue em busca do poderoso bruxo armado somente com sua tolice e seu coração puro. Com essa pureza ele destrói o bruxo, recupera a lança e a restitui ao rei, e é coroado novo rei e protetor do GRAAL e da lança. Esse é o resumo de quatro horas e meia de peça, que somados aos dois intervalos entre os atos, chega a mais de cinco horas no total. Quem espera uma música fácil de ser entendida e cantarolada depois, pode esquecer! A música é bela e grandiosa, mas quase nunca repetitiva e por isso mesmo deve ser de difícil interpretação para músicos e cantores. O quadro geral é bom. Gostei e recomendo!

HENRIQUE V – Um drama épico, com Lawrence Olivier. Filmado em 1944 e fielmente baseado na peça de William Shakespeare.

Escrever sobre Shakespeare é uma petulância da minha parte. Sendo petulância a palavra chave desse comentário, ela cai como uma luva sobre esse petulante Rei da Inglaterra que baseado na sua genealogia, reclama para si o trono da França e parte numa guerra insana contra um exército petulante, eis a palavrinha aí de novo, exército cinco vezes maior em número e que, mesmo assim, Henrique V sai galhardamente vitorioso. Como recompensa recebe a mão de uma bela princesa francesa, a quem ele conquista o coração numa breve guerra de palavras em duas línguas, o inglês e o francês. Ele a convence com o astuto argumento de que, sendo ela sua, seria dele a França. Sendo ele dono da França e da Inglaterra, e ela sendo dona de seu coração, seriam dela também as duas gloriosas nações. E o filme acaba com o casamento do garboso e petulante Rei que conquista para si uma nação e o coração de uma bela princesa. Esta peça, que o ator e diretor inglês Sir Lawrence Olivier transforma em filme, não está listada entre as melhores peças do genial poeta e dramaturgo inglês que viveu entre 1564 e 1616. Numa Inglaterra onde reinava a mítica rainha Elizabeth I, a virgem, que levou seu país a grandes vitórias em guerras e iniciou o que se consolidaria décadas mais tarde como o grande império britânico. Foi um período de grande crescimento econômico, político e social para o outrora frágil reino inglês. Nesse cenário surgiu Shakespeare, ator, escritor teatral e empresário do teatro. Ele vai beber na fonte dos clássicos gregos e romanos para buscar inspiração para suas peças que inicialmente são comédias, depois ele migra para as tragédias e romances. Todos nós já vimos em algum momento de nossas vidas obras cinematográficas, teatrais ou literárias baseadas em parte ou em sua totalidade na obra desse gênio que foi William Shakespeare. Romeu e Julieta, A Megera Domada, Hamlet, Othelo, e esse Henrique V são obras-primas que deveriam ser lidas ou assistidas por todos, pois são eternas. É por isso que eu adoro o cinema, por que de outra forma, como teríamos acesso a sua obra? Certa vez eu tentei ler o original de O MERCADOR DE VENEZA. Fui até o final por que me obriguei a isso, mas beber na fonte original me pareceu uma taça amarga. A linguagem densa e rebuscada de séculos atrás, escrita em versos, para mim, escondia atrás de si a história que eu já havia visto no cinema com AL PACINO no papel do avarento judeu que pede um pedaço do couro, ou a própria pele, como garantia pelo não pagamento de uma dívida contraída através de empréstimo. No cinema, os amargos versos ficaram doces e fáceis de serem deglutidos. É por isso que amo o cinema!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LES MISERABLES (2012)

LES MISERABLES (2012) Reproduz para as telas de cinema em um musical inovador, um dos grandes clássicos da literatura mundial escrito no século dezenove pelo francês VICTOR HUGO. O filme tem uma teia de personagens ao redor de JEAN VALJEAN, um homem preso por roubar um pão para sua família com fome, e que ao ser liberto, muda o nome, foge da condicional e se estabelece em outra cidade onde prospera, vira prefeito e empresário. Quando estava na prisão, conhece seu algoz, JAVERT, um inspetor de polícia que sempre faz o que a lei manda e o persegue sem trégua por vários anos. JAVERT torna-se inspetor da cidade onde VALJEAN mantém seu disfarce de prefeito e descobre seu disfarce. Uma das funcionárias de VALJEAN, FANTINE, é demitida de forma vexatória por ter uma filha. Ela apela a VALJEAN por misericórdia e este não a ouve. FANTINE tem um fim trágico e VALJEAN, ao ser descoberto, e descobrir toda a injustiça sobre FANTINE, decide fugir e reparar seu erro indo atrás de sua filha, COSETTE. Ele a cria como uma filha e se esconde em Paris até que os motins de junho de 1832 eclodem. COSETTE conhece e se apaixona pelo jovem MARIUS, um dos revoltosos, enquanto JAVERT, já em Paris, descobre o paradeiro de VALJEAN. O filme toma contornos trágicos. São apresentadas as injustiças sociais da época, o idealismo romântico dos revoltosos, a obstinação de um inspetor de polícia que procura durante anos um fugitivo da polícia que procura paz para criar sua filha COSETTE, e coloca nela, todas as suas esperanças de felicidade. O filme caminha para um final feliz enquanto destruição, mortes, injustiças são apresentadas. A história é magnífica e tem se mostrado imortal, já tendo sido adaptada diversas vezes para cinema, televisão, teatro e para musicais pelos teatros do mundo todo. As músicas são muito bonitas e certamente você já terá ouvido algumas delas, que se tornaram sucessos populares nas vozes de grandes artistas do passado. O que eu não gostei de verdade foram os atores HUGH JACKMAN e RUSSELL CROWE cantando. Foi medonho, apesar do diretor TOM HOOPER (do genial DISCURSO DO REI) avisar que as gravações seriam ao vivo, ou seja, sem adaptações em estúdio, o que, não podemos negar, deu um realismo e um ar inovador ao filme, mas.... a verdade é que os caras cantam, muito, muito mal. Já ANNE HATHAWAY, é fantástica. Se aquela voz for dela, o que eu duvido, ela é boa cantora e sua interpretação comovente. É uma de minhas apostas para o OSCAR. O filme fica estranho em alguns momentos em que diálogos pequenos são também cantados, mas a avaliação geral é boa. Eu sempre tenho boas avaliações sobre musicais no cinema e esse, apesar dos senões, tem lá suas virtudes.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O LEOPARDO (1963 )

IL GATTOPARDO – 1963 de LUCHINO VISCONTI "É preciso que as coisas mudem de lugar para que permaneçam onde estão" Tancredi Falconeri, em O Leopardo (Il Gattopardo) A história é ambientada nos anos 1860. A Itália vive umas das épocas mais conturbadas de sua história, aquela que se tornou conhecida por Risorgimento. Os estudiosos do período costumam situar neste instante o começo da unificação do país, até ali formado por uma plêiade de reinos, que iam desde o norte desenvolvido até o sul agrário e mais atrasado economicamente. O filme começa justamente com o desembarque das tropas de Giuseppe Garibaldi (aquele mesmo que lutou aqui no Brasil, na Guerra dos Farrapos) na Sicília. Os rebeldes lutam pelo fim da aristocracia rural e da sociedade construída à base de benesses e privilégios. O Príncipe Salinas (Burt Lancaster, no auge de sua popularidade e recém-premiado com um OSCAR por ENTRE DEUS E O PECADO) resolve refugiar-se temporariamente com a família em Donnafugata, cidade em que costuma passar regularmente suas temporada de férias. Antes de partir, no entanto, acompanha a adesão de seu sobrinho Tancredi (Alain Delon) ao grupo garibaldino. É da sua boca que saem as palavras que fazem o Príncipe despertar para os acontecimentos: “é preciso que as coisas mudem de lugar para que permanecem onde estão”. Neste instante, percebe que, ainda que de forma lenta e silenciosa, o ideal de renovação e de unificação veio para ficar. Fabrizio Salinas capta o exato início da movimentação das estruturas sociais. Torna-se consciente da proximidade do fim da aristocracia que ele incorpora e personifica. Diante do imponderável, incentiva a participação do sobrinho e começa a tecer, dentro do possível, uma estratégia para a manutenção de sua casta social. Em Donnafugata toma conhecimento do surgimento de uma nova liderança local, na pessoa de Dom Calogero (Paolo Stoppa), representante de uma classe recém-promovida na estratificação social: a burguesia. Consultando o organista da igreja, Dom Ciccio, durante as caçadas matinais, Salinas descobre que Dom Calogero enriqueceu através de diversas operações imobiliárias e, por isso mesmo, está apto a pleitear sua participação nas decisões da comunidade. O Príncipe Salinas entende o recado e passa a trabalhar nos bastidores pela união da seu sobrinho (neste momento, já devidamente filiado às tropas governistas, que haviam derrotado o exercito de Garibaldi) com a filha de Calogero, Angélica (Claudia Cardinali), ainda que isso represente o sacrifício da felicidade de sua tímida filha Concetta, eterna apaixonada por Tancredi. O matrimônio significa a conciliação da aristocracia falida e decadente com a burguesia enriquecida e ascendente. É tudo aquilo que Salinas deseja. Mudar sem tirar as coisas do lugar. A passagem do bastão é simbolicamente materializada num longo baile, em que nobres e burgueses coabitam o mesmo espaço (fato até então impensável), e presenciam a união das duas classes. Fabrizio Salinas passeia pelos diversos salões da mansão em que o evento se realiza. Sente a morte se aproximar. Percebe que seu tempo já passou. Que não faz mais parte daquele mundo. Crônica de uma morte anunciada. Morte não física, mas, sobretudo da alma e do espírito. Resta-lhe retirar-se desta vida, em direção à escuridão. As atuações dos atores e as escolhas de cada um para os papéis pareceram perfeitas. BURT LANCASTER, O Leopardo em pessoa, faz nesse filme, provavelmente, sua melhor atuação para o cinema, o personagem de uma vida. O feito é de se admirar numa produção internacional como esta, em que os atores falavam em inglês, francês e italiano e, ao final, dublavam tudo para a língua o italiano. Ao lado de Burt, nos papeis principais, Alain Delon traz todo seu carisma e boa estampa ao papel do camaleão Tancredi. Ambicioso, faz alianças com as pessoas que mais lhe são convenientes. E sua face não fica vermelha ao justificar a mudança de lado durante o Risorgimento. Como par romântico de Delon, Visconti escalou Claudia Cardinali. No papel de Angélica, Cardinali personifica o animal feminino em pessoa, passando do angelical para o sensual num mesmo plano. Completa o elenco Paolo Stoppa, como Dom Calogero, perfeito na figura do sujeito de pouco refinamento cultural, mas uma raposa nos negócios e na administração do dinheiro. Terence Hill e Giuliano Gemma, antes de ficarem famosos no western-spaghetti, têm pequenas participações. O filme é uma obra-prima de um dos grandes expoentes do cinema italiano. Retrato perfeito de uma época de grandes mudanças sociais, da construção de uma nova nação e das mudanças que a acompanham.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MARIZA MONTE (TURNÊ 2012/2012) – SHOW NO CENTRO DE CONVENÇÕES RECIFE – 23/1/13

MARIZA MONTE (TURNÊ 2012/2012) – SHOW NO CENTRO DE CONVENÇÕES RECIFE – 23/1/13 Vi o show na sexta passada dessa maravilhosa cantora e compositora MARIZA MONTE. O show é surpreendente pela iluminação, e pelas músicas do seu novo CD que são empolgantes. Surpreende também, pela inclusão entre os músicos de três integrantes da cultuada banda pernambucana NAÇÃO ZUMBI, que teve entre seus integrantes iniciais, antes da sua prematura morte, o genial CHICO SCIENCE. Ganhou a plateia com a inclusão desses músicos, e conseguiu fazer quatro shows diários e consecutivos, entre a quarta (22/1) e o sábado (25/1), o que é uma novidade na cidade. Eles garantiram que nós ouvíssemos com prazer o batuque do maracatu pernambucano, feito em casa, e não como sempre, reproduzidos por músicos cariocas ou paulistas, que nunca conseguem fazer como os da casa. Um som tão simples, mas tão difícil de ser reproduzido. A voz é a mesma, maviosa, bela e que ela parece aprimorar a cada ano que passa. O som é sempre impecável, o que é uma característica dos shows e da obra de MARIZA. Ela é famosa por sua extrema preocupação sonora. A banda é de primeira e o repertório é mesclado pelos grandes sucessos do passado e por músicas do novo CD, em que ela mantém a mesma pegada. As músicas que faltaram no repertório durante o show ela foi obrigada pela plateia a cantar no tradicional bis. Senti falta dos sambas cariocas ao estilo de PAULINHO DA VIOLA. Ela parece estar numa fase mais pop, com tendência para as baladas românticas. No final, teve gente que subiu no palco e cantou com ela, foi uma festa! Ela parecia estar em casa e feliz com o sucesso que alcançou entre nós. Showzaço! Agora é esperar alguns anos, ou tentar ir a algum show numa cidade próxima. Mariza Monte se consolida ano a ano como uma referência do que é a boa mistura dos vários ritmos da música brasileira. Para mim, ela é a união perfeita entre as grandes cantoras do passado, do samba carioca, com o pop rock surgido nos anos 80 com bandas como BARÃO VERMELHO, PARALAMAS DO SUCESSO e a melhor de todas TITÃS. Ela passeia com desenvoltura por todos esses grupos sendo aceita e cantando com todos. Esse para mim é seu grande valor e garantia de que sua carreira deve continuar sempre em ascensão.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

JACK REACHER - (2012) - com TOM CRUISE

JACK REACHER – O ÚLTIMO TIRO (2012) com TOM CRUISE Puro filme de ação com TOM CRUISE, que mesmo aos cinquenta anos ainda consegue espaço para fazer esse papel de galã e herói que salva a tudo e a todos sozinho. Ele é um ex-investigador experiente do exército que participou de guerras em vários países, porém deixou o exército para seguir numa viagem sem rumo pelo seu país. Ninguém sabe onde ele mora, ou o que faz para viver. Como investigador, vê o que ninguém consegue ver e no final, depois de elucidar o caso, vai embora sem querer receber nem um obrigado e nem ganhar um beijo da mocinha. E o pior é que agente sempre assiste esse tipo de filme, principalmente quando tem astros da grandeza de um TOM CRUISE. O filme discute um tema difícil na América de hoje, os atiradores que matam várias pessoas sem um motivo aparente. Cinco pessoas são assassinadas. Um veterano de guerra é preso, e todas as provas apontam para ele, quando ele chama um antigo companheiro de guerra, JACK REACHER (TOM CRUISE) para ajuda-lo. Uma advogada jovem, talentosa e bonita une-se à causa quase perdida do acusado, numa guerra particular com seu próprio pai que é da promotoria, responsável pela acusação do veterano preso. O filme então caminha através de pequenos detalhes investigativos, muita ação a um desfecho surpreendente e violento, onde JACK REACHER salva o dia de todo mundo. É o velho TOM CRUISE que todos nós conhecemos com uma nova roupagem. Eu assisti e não perdi a noite!

LINCOLN (2012) - D. DAY-LEWIS - MUITO BOM!

LINCOLN (2012) O filme é excelente, um dos melhores do ano, certamente candidatíssimo ao OSCAR, principalmente na interpretação arrebatadora de DANIEL DAY-LEWIS no papel do 16° presidente americano, Abraham Lincoln. O tema a princípio, engana a quem pensa que se trata de uma biografia. Não é o caso. Trata-se na verdade, de contar a história de um período da vida de LINCOLN, já bem próximo do final da guerra da secessão, alguns meses após sua reeleição, período que foi aprovada a 13° emenda à constituição americana, que tornavam livres todos os escravos negros em território americano. O filme se passa em gabinetes, em conversações secretas e discussões a respeito desses temas. Há poucas cenas de guerra. O observador atento vai ficar perplexo ao ver negociatas de votos em troca de empregos em órgãos do governo (Lula deve ter dito quando assistiu: “tá vendo que não fui só eu?!?!”) e meias verdades apresentadas pelo presidente, quase um santo para os americanos, a fim de conseguir a aprovação da emenda. O objetivo de SPIELBERG parece ser tornar um santo, um homem comum, reforçar o conceito de gênio da política, e depois recoloca-lo no lugar que os americanos gostam de vê-lo, UM SANTO QUE FOI RESPONSÁVEL PELA CONTINUIDADE DA UNIÃO AMERICANA. Não poderia ter tido mais sucesso nesse filme, se o seu intento foi esse. A direção de SPIELBERG é detalhista e maravilhosa. É natural notarmos certa semelhança entre o LINCOLN de 1865 e o OBAMA de 2013, que tenta lutar contra um congresso dominado por “retrógrados”. Nesse ponto o filme peca, pois comparar um com outro, é a mesma coisa de comparar PELÉ (Santos FC) com KUKI (C. Náutico Capibaribe). Entenda-se o trocadilho como sendo OBAMA – KUKI e LINCOLN o Pelé da política. Os figurinos de época são realistas e as atuações dos atores coadjuvantes são muito boas, especialmente a interpretação de SALLY FIELD para a atormentada esposa MOLLY. O filme é imperdível.

sábado, 19 de janeiro de 2013

DJANGO LIVRE (2012)

DJANGO LIVRE (2012) É uma produção norte-americana do gênero western escrita e dirigida pelo cultuado diretor QUENTIN TARANTINO. O filme tem todos os ingredientes que tornaram TARANTINO cultuado atualmente com uma enorme legião de fãs pelo mundo, a violência exacerbada, os tiroteios sangrentos com esguichos de sangue das pessoas baleadas, os diálogos sem sentido e ao mesmo tempo engraçados, a cultura pop inserida nos seus filmes através da música e vestuário dos atores e uma vingança, uma grande e sangrenta vingança. TARANTINO é um diretor de poucos, porém revolucionários filmes. Seus filmes se destacam por uma estética diferenciada, e também por uma interpretação sempre premiada dos atores principais. TARANTINO é conhecido como um grande diretor de atores e atrizes, conseguindo sempre extrair o melhor dos seus atores principais. Seus principais filme foram CÃES DE ALUGUEL, PULP FICTION, KILL BILL 1 e 2, e BASTARDOS INGLÓRIOS. Na maioria de seus filmes ele é sempre o roteirista, o produtor, o diretor e também ator, sempre em papéis secundários. DJANGO LIVRE possui todas essas características e algumas novas. Nesse filme, TARANTINO faz uma homenagem aos grandes faroestes spaghetti ( italianos ) dos anos 60 e 70. Ele extrai desses filmes o nome do personagem, a música e até as letras dos créditos iniciais e finais do filme e os insere numa temática escravagista nos anos anteriores à guerra da secessão americana que levaram à libertação dos escravos. O personagem principal, DJANGO FREEMAN (JAMMIE FOXX), é libertado por um caçador de recompensas (CHRISTOPH WALTZ) que precisa dele para reconhecer três homens que ele está perseguindo. A partir dessa união DJANGO aprende a atirar, se firma na profissão de caçador de recompensas e traça um plano para libertar sua esposa que foi vendida a um grande proprietário de escravos chamado CALVIN CANDIE (LEONARDO DI CAPRIO). A partir daí nos são apresentadas várias das barbaridades impostas aos escravos negros americanos por seus senhores aí representados por um branco, CALVIN CANDIE (DI CAPRIO) e STEPHEN, um velho negro (SAMUEL L. JACKSON) que exerce um papel de administrador da propriedade com total confiança do dono, aplicando sobre os negros as mesmas crueldades que seu senhor CANDIE. O filme nos apresenta a escravidão de uma outra ótica, mais cruel, e a vingança ao final, característica marcante da maioria dos filmes de TARANTINO, é de todos os negros e oprimidos contra seus senhores opressores, brancos ou negros. Mais um filme que será cultuado pelas próximas décadas desse genial diretor. Muito bom!

domingo, 13 de janeiro de 2013

ARGO(2012) - ganhador GLOBO DE OURO

ARGO (2012) ARGO é um THRILLER Americano feito em 2012, dirigido e estrelado por BEN AFFLECK. É uma dramatização baseada numa situação real acontecida em 1979 durante a crise dos reféns na embaixada americana no Irã. Um ex-agente secreto da CIA (agencia de inteligência americana), chamado TONY MENDEZ, é chamado em missão para resgatar seis diplomatas americanos que estavam na cidade de TEERÃ, capital do IRÃ, durante a temida invasão da embaixada americana em 1979. Tony Mendez (Affleck) vai sozinho arriscando a própria vida resgatar seis diplomatas que estão escondidos na casa do embaixador Canadense, após fugirem da embaixada durante a invasão histórica pela população ensandecida. O tempo é 1979, em plena revolução política e religiosa no Irã, após os Aiatolás tomarem o poder e iniciarem um processo de radicalização contra os símbolos do ocidente em território Iraniano. Tony Mendez viaja ao Irã sem armas, sem equipe de apoio, sem helicópteros ou qualquer dos símbolos modernos que os filmes americanos nos acostumaram a ver e ouvir para agredir e resgatar o que lhe foi tomado. Ele viaja única e exclusivamente armado com um roteiro de um filme de ficção científica chamado ARGO. A ideia é risível e por isso muito arriscada, e todo o filme se desenrola ao redor desse tema. O filme faz também uma leitura bastante atual da crise dos reféns e da invasão da embaixada americana em 1979. O roteiro é lento, e quem acha que vai ter ação, pode tirar o cavalo da chuva. Praticamente não há ação. O filme é original em mostrar uma solução não violenta para um problema extremamente grave que é a invasão de uma embaixada. Há ainda bons atores no elenco com ALAN ARKIN e JOHN GOODMAN. É um bom filme, teve algumas indicações ao GLOBO DE OURO, e ganhou duas incluindo a de melhor filme DRAMA. Eu gostei com restrição.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

ARBITRAGE (2012) – A NEGOCIAÇÃO com RICHARD GERE

ARBITRAGE (2012) – A NEGOCIAÇÃO com RICHARD GERE Robert Miller (Richard Gere) aos 60 anos de idade tenta uma última cartada para salvar o seu império que aparenta força e dinheiro, mas na verdade está falido e sendo sustentado por fraudes contábeis que podem levar ele e sua filha presos. A filha, brilhante executiva que tem o pai como mentor, e com quem MILLER mantém uma relação especial de confiança nos negócios, apesar de enganá-la. Ela é uma jovem idealista com boas intenções a respeito da profissão de investidor em Wall Streeet, mas não desconfia do que está se passando, mas começa a buscar pouco a pouco a desvendar o mistério. A cartada para a salvação do império é a venda da empresa para um grande banco de investimentos que não sabe das tramoias que MILLER tenta esconder a todo custo. Tudo fica mais complicado ainda quando MILLER numa noite em companhia de sua amante, capota o carro, sua amante morre no acidente, e ele escapa para tentar se livrar da culpa do acidente e continuar com a negociação da sua empresa. Um policial (o excelente TIM ROTH) desconfia de tudo e tenta de todas as formas provar a responsabilidade do bilionário no acidente. O filme é um thriller policial envolvente e com um bom roteiro, uma boa história, com uma razoável atuação de RICHARD GERE e SUSAN SARANDON (no papel da esposa ELLEN), porém lento para um filme desse tipo. Pode ser uma boa diversão, mas não passa disso. O filme é atual por que está em sintonia com os movimentos do tipo OCCUPY WALL STREET, que pregam ideias que se refletem nas imagens do filme.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O IMPOSSÍVEL (2012) - Naomi Watts

O Impossível (2012) com Naomi Watts O filme trata de um desastre natural que aconteceu nas ilhas do pacífico próximo ao natal de 2004. Uma família inglesa sai em férias para uma paradisíaca ilha do pacífico sendo surpreendida por duas ondas gigantescas que destroem tudo ao seu redor, o hotel onde estavam hospedados, residências, inclusive ceifando centenas de vidas e dividindo a família composta da mãe (Naomi Watts), o pai (Ewan McGregor) e três filhos com idades entre doze e cinco anos. A partir daí começa o desespero da mãe que inicialmente fica com o filho mais velho e é arrastada pelas ondas para longe do hotel, e do pai, que fica no hotel com os dois filhos menores sem saber o destino da esposa e do filho. O filme é tenso e desconfortante em alguns momentos. As cenas com as ondas são muito bem feitas. A atuação de Naomi Watts, já acostumada a esses papéis dramáticos como em KING KONG, é muito boa. Ewan McGregor apenas não compromete. O filme a meu ver começa muito lento e não dá a tensão necessária para a aproximação das ondas, do desastre iminente. O período de início do filme é curto, mas lento, e a meu ver, a tensão gerada é insuficiente para um filme dramático com suspense que acontece antes de um grande acidente natural. Toda a informação que temos sobre o desastre iminente está numa queda de energia apresentada por um liquidificador que para de funcionar. E só! A partir daí, é o caos. E bota caos nisso! As cenas dramáticas são impressionantes e realmente comoventes. Aí está o ponto forte do filme conseguido por esse desconhecimento diretor espanhol JUAN ANTONIO BAYONA. Ele consegue nos dar um pouco de tensão ao final, mas é só isso. Quando o filme acaba, fica uma sensação de que ele poderia ir mais longe, de que ele aproveitou pouco a oportunidade, e que se não fossem esse grandes e conhecidos atores Naomi Watts e Ewan McGregor, o filme se perderia entre os muitos e desconhecidos filmes sobre desastres já feitos, e ficaria somente no circuito espanhol e europeu, onde foi produzido. Enquanto eu via o filme, eu me lembrava dos grandes filmes de Alfred Hitchcock, e o que ele conseguia com muito pouco. Imagina o que ele não faria com uma bela, única, comovente e verdadeira história como essa.

As Aventuras de Pi (2012)

As Aventuras de Pi (2012) – Dirigido por Ang Lee Dirigido pelo aclamado cineasta chinês Ang Lee - O TIGRE E O DRAGÃO (2000) – entre outros, este filme conta a história de um indiano chamado PISCINE PATEL, ou simplesmente PI. Ele e sua família têm um zoológico numa bela e costeira cidade indiana e por decisão do pai, todos devem embarcar num navio com todos os animais em direção ao ocidente. Esse navio naufraga e Pi se vê sozinho num pequeno barco com um tigre de bengala. Loucura? E não para por aí. O enredo é alucinante, o diretor abusa com maestria dos efeitos especiais, colocando num único e pequeno barco uma zebra, uma hiena, um orangotango, um rato e o jovem Pi. Em alto mar, as cenas do barco são belíssimas, dando um às imagens um colorido poucas vezes visto na tela grande. A atuação do jovem ator que faz o personagem Pi não compromete. O filme começa lento, com muitos diálogos e pouca ação. A partir de aproximadamente 40 minutos de filme, a ação começa com o naufrágio do navio e já próximo do final, o enredo chega num ponto em que pensamos que o filme já acabou, mas eis que o diretor nos prega uma peça de cunho religioso. O filme mergulha novamente num jogo de palavras para após alguns minutos, fechar num final surpreendente. Ang Lee nos apresenta, entre uma e outra aventura de Pi, as inquietações religiosas desse jovem que, de hindu e vegetariano, caminha para o cristianismo, depois para o islamismo e ao final para o judaísmo, ficando ao final... com todas elas. Não entendeu? Pois é, é difícil de explicar. Só assistindo ao filme. Além do questionamento religioso, o filme dá um banho em efeitos especiais nos apresentando com perfeição os movimentos dos animais bem próximos ao jovem Pi. A história é rica, o filme é plasticamente belo e visualmente inovador. É uma surpresa. Fui ao cinema e saí surpreendido. Acho que vocês todos vão gostar. Só não gostei por que não poderei levar meu filhinho de cinco anos, pois algumas cenas de violência animal no filme não são apropriadas para crianças.

Rastros de Ódio (1956) - John Wayne

The Searchers (1956) – Rastros de Ódio Dirigido por John Ford com John Wayne O filme se inicia em 1868 com o retorno para casa de Ethan Edwards (Wayne), três anos depois do fim da guerra da secessão americana, onde ele lutou pelos confederados. O fato de levar três anos para voltar, trazer moedas de ouro na bagagem, além de um encontro pouco amistoso com o Ranger do Texas, que também é o pastor da comunidade, dão pistas, mas nada provam que Ethan seria procurado por crimes. Além disso, na cena de reencontro da família, fica evidente o amor entre Ethan e Martha, a esposa do seu irmão Aaron, que são pais de três jovens, uma delas Debbie, a mais nova de oito anos de idade. Após formarem uma patrulha, da qual passam a fazer parte Ethan e Martin Pawley, para irem à busca de um grupo de índios comanches que estavam roubando gado na região, a casa de Aaron é queimada pelos índios, Aaron e Martha mortos, e a Debbie e sua irmã mais velha sequestradas pelos índios. É aí que começa a busca de Ethan e Martin Pawley (Jeffrey Hunter) pelas duas jovens. Logo no início eles descobrem que a mais velha foi morta, restando somente Debbie. Todos desistem exceto o persistente e obsessivo Ethan que segue com seu ódio o rastro dos índios por vários estados americanos durante muitos anos. Uma das grandes questões do filme é a razão da busca obsessiva desse tio pela sobrinha. Por quê? Especula-se que a razão seria que Ethan na verdade seria o pai da menina, pois os cinco anos da guerra, mais os três que ficou distante, os oito anos dela, mais o presente mais valioso – sua medalha de honra que ele deua ela – seriam indícios de que Ethan na verdade seria o pai de Debbie. Aqui, entretanto, estamos no campo da especulação, e o diretor, intencionalmente ou não, faz segredo sobre isso. O filme se desenvolve de uma forma dramática, apresentando cenas de racismo explícito por parte do personagem principal contra Martin – que era filho de índios com brancos – e tem cenas de genocídio dos índios nativos americanos. Essas cenas que na época podiam não despertar horror, hoje certamente seriam muito criticadas, senão proibidas. Uma das belezas do filme está na fotografia. As grandes planícies e vales monumentais da América são esplendidamente fotografados, dando-nos uma visão da beleza desse país ao longo dos vários locais por onde Ethan e Martin passaram na busca por Debbie. Trata-se de uma obra-prima desse grande diretor cinematográfico JOHN FORD, que com filmes como esses, elevou o western à categoria dos grandes filmes já feitos. A atuação de John Wayne é muito elogiada. Talvez tenha sido esse o ponto alto de sua longa carreira de mais de 100 filmes. Pode ter sido aí que ele se transformou no grande ícone americano do western. A cena final reflete isso. Está na minha lista dos três melhores filmes para serem vistos, no gênero western. Recomendo com ênfase.

Como Era Verde o Meu Vale (1941)

How Green Was My Valley (1941) – Como Era Verde o Meu Vale Dirigido por John Ford com MAUREEN O’HARA Os Morgans são uma família de mineiros num verde e belo vale do País de Gales. O patriarca e cinco de seus filhos trabalham nas minas e em casa ficam a mãe, Beth, a filha Angharad (Maureen O'hara), um ícone da era de ouro de hollywood no seu primeiro grande sucesso, e o filho pequeno Huw, que é quem nos conta toda a história. As mudanças sociais e econômicas no pequeno e verde vale começam a acontecer. Primeiro os salários dos mineiros são reduzidos por excesso de mão de obra. Eles então tentam formar um sindicato, fazem uma greve na qual não contam com o apoio do patriarca dos Morgan, o que atrai para ele a ira dos colegas. Nesse ínterim, chega à comunidade um novo pastor (Walter Pidgeon). O pastor e Angharad logo se apaixonam, ao mesmo tempo em que Angharad é pedida em casamento pelo rico filho do dono da mina. A partir daí as situações dramáticas vão se sucedendo mudando completamente tanto o vale quanto as pessoas ao seu redor. O filme foi indicado a dez estatuetas “OSCAR” da academia, sendo premiado em cinco, inclusive de melhor filme de 1942. O ator DONALD CRISP, que faz o papel do patricarca dos MORGAN’s ganhou o OSCAR de melhor ator coadjuvante. Foi filmado em preto e branco, levou somente duas semanas para ser filmado na América, mesmo, pois a Europa se encontrava em guerra no período. A mensagem por traz do filme é clara em vários aspectos importantes. Alguns podem ver o filme como uma crítica ao modelo capitalista e suas injustiças. O filme mostra isso, mas, a meu ver, o mais importante são os valores cristãos que deram base à formação familiar no reino unido, e seus descendentes americanos, australianos, etc. Esses valores dão força e união à família nos momentos em que seus velhos sonhos vão desmoronando. Por outro lado, o filme mostra também os erros que sacerdotes e igrejas cometem que destroem e dividem. Fala sobre a força oriunda de uma família trabalhadora e honesta e dos impactos que essa família vai sofrendo com o passar dos anos. É um filme que fala sobre valores muito intensos e profundos das sociedades anglo-saxãs, incluindo a sociedade americana. Um dos momentos que refletem o que estou dizendo pode ser visto na cena em que a mãe – Beth Morgan - vai a uma reunião noturna dos mineiros para defender seu marido que estava sob a ameaça dos grevistas. Um grande grupo de homens brutos reunidos, mineiros, cinco de seus filhos inseridos, para discutir sobre a greve que já levava vários dias e que começava a trazer dificuldades financeiras para os trabalhadores que estavam sem receber. Beth Morgan levanta sua voz em defesa do marido, não como trabalhadora, mas como esposa e mãe, armada apenas com a virtude de uma vida, e faz uma séria ameaça a todos dizendo que qualquer um que tocasse em seu marido, pelo fato dele não aprovar a greve, ela mataria com suas próprias mãos. Esse é um ponto central em vários dos filmes do diretor JOHN FORD, como pessoas simples do povo, ao se verem ameaçadas, transformam-se completamente e indo às últimas consequências para proteger o que é sagrado para essas sociedades, família e propriedade. Para mim uma ligação entre esse drama familiar e social, como os westerns que dirigiu com grande sucesso.