quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

LINCOLN (2012) - D. DAY-LEWIS - MUITO BOM!

LINCOLN (2012) O filme é excelente, um dos melhores do ano, certamente candidatíssimo ao OSCAR, principalmente na interpretação arrebatadora de DANIEL DAY-LEWIS no papel do 16° presidente americano, Abraham Lincoln. O tema a princípio, engana a quem pensa que se trata de uma biografia. Não é o caso. Trata-se na verdade, de contar a história de um período da vida de LINCOLN, já bem próximo do final da guerra da secessão, alguns meses após sua reeleição, período que foi aprovada a 13° emenda à constituição americana, que tornavam livres todos os escravos negros em território americano. O filme se passa em gabinetes, em conversações secretas e discussões a respeito desses temas. Há poucas cenas de guerra. O observador atento vai ficar perplexo ao ver negociatas de votos em troca de empregos em órgãos do governo (Lula deve ter dito quando assistiu: “tá vendo que não fui só eu?!?!”) e meias verdades apresentadas pelo presidente, quase um santo para os americanos, a fim de conseguir a aprovação da emenda. O objetivo de SPIELBERG parece ser tornar um santo, um homem comum, reforçar o conceito de gênio da política, e depois recoloca-lo no lugar que os americanos gostam de vê-lo, UM SANTO QUE FOI RESPONSÁVEL PELA CONTINUIDADE DA UNIÃO AMERICANA. Não poderia ter tido mais sucesso nesse filme, se o seu intento foi esse. A direção de SPIELBERG é detalhista e maravilhosa. É natural notarmos certa semelhança entre o LINCOLN de 1865 e o OBAMA de 2013, que tenta lutar contra um congresso dominado por “retrógrados”. Nesse ponto o filme peca, pois comparar um com outro, é a mesma coisa de comparar PELÉ (Santos FC) com KUKI (C. Náutico Capibaribe). Entenda-se o trocadilho como sendo OBAMA – KUKI e LINCOLN o Pelé da política. Os figurinos de época são realistas e as atuações dos atores coadjuvantes são muito boas, especialmente a interpretação de SALLY FIELD para a atormentada esposa MOLLY. O filme é imperdível.

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