domingo, 6 de janeiro de 2013
Rastros de Ódio (1956) - John Wayne
The Searchers (1956) – Rastros de Ódio
Dirigido por John Ford com John Wayne
O filme se inicia em 1868 com o retorno para casa de Ethan Edwards (Wayne), três anos depois do fim da guerra da secessão americana, onde ele lutou pelos confederados. O fato de levar três anos para voltar, trazer moedas de ouro na bagagem, além de um encontro pouco amistoso com o Ranger do Texas, que também é o pastor da comunidade, dão pistas, mas nada provam que Ethan seria procurado por crimes. Além disso, na cena de reencontro da família, fica evidente o amor entre Ethan e Martha, a esposa do seu irmão Aaron, que são pais de três jovens, uma delas Debbie, a mais nova de oito anos de idade. Após formarem uma patrulha, da qual passam a fazer parte Ethan e Martin Pawley, para irem à busca de um grupo de índios comanches que estavam roubando gado na região, a casa de Aaron é queimada pelos índios, Aaron e Martha mortos, e a Debbie e sua irmã mais velha sequestradas pelos índios. É aí que começa a busca de Ethan e Martin Pawley (Jeffrey Hunter) pelas duas jovens. Logo no início eles descobrem que a mais velha foi morta, restando somente Debbie. Todos desistem exceto o persistente e obsessivo Ethan que segue com seu ódio o rastro dos índios por vários estados americanos durante muitos anos. Uma das grandes questões do filme é a razão da busca obsessiva desse tio pela sobrinha. Por quê? Especula-se que a razão seria que Ethan na verdade seria o pai da menina, pois os cinco anos da guerra, mais os três que ficou distante, os oito anos dela, mais o presente mais valioso – sua medalha de honra que ele deua ela – seriam indícios de que Ethan na verdade seria o pai de Debbie. Aqui, entretanto, estamos no campo da especulação, e o diretor, intencionalmente ou não, faz segredo sobre isso. O filme se desenvolve de uma forma dramática, apresentando cenas de racismo explícito por parte do personagem principal contra Martin – que era filho de índios com brancos – e tem cenas de genocídio dos índios nativos americanos. Essas cenas que na época podiam não despertar horror, hoje certamente seriam muito criticadas, senão proibidas. Uma das belezas do filme está na fotografia. As grandes planícies e vales monumentais da América são esplendidamente fotografados, dando-nos uma visão da beleza desse país ao longo dos vários locais por onde Ethan e Martin passaram na busca por Debbie. Trata-se de uma obra-prima desse grande diretor cinematográfico JOHN FORD, que com filmes como esses, elevou o western à categoria dos grandes filmes já feitos. A atuação de John Wayne é muito elogiada. Talvez tenha sido esse o ponto alto de sua longa carreira de mais de 100 filmes. Pode ter sido aí que ele se transformou no grande ícone americano do western. A cena final reflete isso. Está na minha lista dos três melhores filmes para serem vistos, no gênero western. Recomendo com ênfase.
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