domingo, 17 de março de 2013
Cinema digital vai dominar as projeções em Pernambuco Inauguração de quatro salas na rede Cinemark amplia espaço para a nova tecnologia no estado
DIÁRIO DE PERNAMBUCO
Publicação: 20/02/2013 11:20 Atualização: 20/02/2013 11:50
Salas na Região Metropolitana estão dando adeus ao formato 35mm. Foto: Box Cinemas/ Divulgação.
Grandes projetores e pesadas bitolas de película cinematográfica estão com os dias contados no Recife. A aposentadoria compulsória do 35mm - ainda carinhosamente apelidado de “verdadeiro cinema” - por aqui está marcada para 2013, ou, como tudo nesse Brasil, para 2014, no máximo. Nesta quarta-feira, a rede Cinemark (Shopping RioMar) inaugura as últimas quatro salas de seu complexo, o primeiro inteiramente digital. No segundo semestre, a rede UCI estreia o aguardado IMAX, com telas maiores e poltronas reclinadas que proporcionam visualização diferenciada, ideal para filmes de ação e com efeitos especiais.
A rede UCI, presente nos shoppings Recife, Boa Vista, Tacaruna e Plaza, mantém o maior número de salas em 35mm. Todas as salas 3D rodam tecnologia analógica e digital, e as outras são apenas analógicas. Até o fim do ano, toda a rede Cinépolis (no Shopping Guararapes) será digitalizada. “O digital facilita a programação, porque é tudo mais rápido, o transporte, a montagem. O filme não precisa ser montado, é só dar ‘play’”, explica a gerente de imprensa da rede, Maria Fernanda Menezes.
Em poucos anos, apenas os cinemas São Luiz e da Fundação Joaquim Nabuco devem manter seus projetores de película, atendendo à nostalgia dos cinéfilos, mas também a uma qualidade de imagem e textura ainda não atingida pela tecnologia digital. “O 4K engana muito bem. Ele dá uma sensação de profundidade e nitidez muito boa, o espectador leigo não percebe a diferença. Mas estudos mostram que não se equipara à película”, explica Luiz Joaquim, programador da Fundaj, que vai ganhar seu projetor 4K ainda neste semestre. O equipamento, da Sony, é o de melhor definição no mercado brasileiro, maximizando a resolução para 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. No Full HD, é de 1.920 linhas horizontais por 1.080 verticais. A Fundaj estreia novo cinema em Casa Forte em 2014, equipado com projetor digital 2K. O São Luiz recebe projetores 4K e 3D. A previsão de lançamento é maio.
Até o fim do ano, os cinemas Rosa e Silva, Eldorado e Royal, da PMC, devem seguir a tendência e digitalizar todas as salas. “Este é o ano de todo mundo se enquadrar no digital. A qualidade do 35mm ainda é imbatível, mas o problema é o fornecimento de material”, explica Paulo Menelau, diretor da rede. A transição para o digital reduz o custo para menos de R$ 1 mil por cópia, enquanto as películas saem por até R$ 5 mil, a depender da duração do filme.
A controversa tecnologia 3D continua em expansão. A próxima sala 3D do Recife será inaugurada em março, no Rosa e Silva. As outras salas 3D ficam no Kinoplex Recife (4), Kinoplex Tacaruna (3), Kinoplex Plaza (2), Caruaru (1), Costa Dourada (1) e Box Cinépolis Guararapes (1), pioneiro da tecnologia no estado, em 2008, com Os mosconautas no mundo da Lua.
Está na tela
Foto: Sony Pictures/ Divulgação.
35mm
As películas de 35 milímetros (medida da largura do fotograma) são o padrão cinematográfico desde os tempos dos Irmãos Lumière. As bitolas proporcionam nitidez e texturas inalcançadas pelo digital. As películas resistem em todos os cinemas pernambucanos, à exceção do RioMar. O brasileiro Tainá: A origem, está neste formato.
4K
4K é uma medida de resolução que se refere a aproximadamente mil pixels transversais. Os projetores 4K geram 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. Isso diminui os quadradinhos da imagem digital, comuns também nas fotografias. Quanto mais perto da tela, mais fácil a percepção da diferença. A tecnologia nas salas 3D da rede UCI.
Foto: Paramount/ Divulgação.
3D
O 3D consiste basicamente em uma ilusão de ótica que amplia a noção de profundidade do espectador, como se a cena pulasse para fora da tela. Na sala, a ilusão ótica depende da projeção e dos óculos, que comumente recebem críticas de sucateamento. A técnica é a preferida de animações como As aventuras de Tadeu (foto) e Monstros SA.
Foto: Callmehollywood.wordpress.com/ Reprodução da internet.
IMAX
O tamanho das imagens é o principal trunfo do formato Imagem Maximum. As telas chegam a mil metros quadrados de área e são posicionadas com inclinação diferenciada (assim como a plateia), distanciando os limites da imagem. As salas brasileiras são também 3D, com o sistema de duas lentes simultâneas que maximizam o efeito tridimensional.
Foto: Paramount/ Divulgação.
XD
O diferencial da rede Cinépolis no Recife é a tecnologia Extreme Digital Cinema (XD), que comporta filmes em 2D e 3D. As telas são até 50% maiores que as convencionais, do teto ao chão. O projetor é mais brilhante, e o som tem até 50 mil watts de potência, contra 12 mil das outras salas. O filme em cartaz é João e Maria: Caçadores de bruxas (foto).
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