domingo, 24 de março de 2013

LAZY TOWN - AS AVENTURAS DO PIRATA

No sábado 24 estivemos em família no Chevrolet Hall em Recife assistindo ao espetáculo infantil LAZY TOWN, AS AVENTURAS DO PIRATA. Trata-se do seriado de grande sucesso da TV PAGA (Discovery Channel) que nosso filho de 5 anos adora. Foi maravilhoso vê-lo assistindo ao vivo as peripécias, a música, a dança e as aventuras de SPARTACUS o grande herói e Sthephanie, a menininha heroína. Dessa vez a dupla protege a cidade de LAZY TOWN contra uma invasão de um pirata. O importante é que nosso filho adorou e pela reação das muitas crianças e pais que lotaram a casa, o sucesso na nossa cidade foi imenso. Valeu a pena!

AMADEUS (1984) e o gênio criativo de Mozart

Amadeus é um drama biográfico livremente baseado nas vidas de WOLFGANG AMADEUS MOZART e ANTONIO SALIERI, dois compositores clássicos que viveram na cidade de Viena, Áustria da segunda metade do século dezoito. A direção é de MILOS FORMAN, ganhador do OSCAR, e o roteiro de é de PETER SHAFFER (OSCAR de melhor roteiro). O filme foi indicado a 53 prêmios, tendo ganhado 40 inclusive 8 OSCARS, incluindo os de melhor filme, ator (F. MURRAY ABRAHAM), melhor diretor, melhor roteiro, melhor figuro, maquiagem, direção de arte, roteiro adaptado. Um dos melhores filmes que vi em toda a minha vida e um dos responsáveis pela devoção que dedico ao cinema. Ao assistir pela primeira vez esse filme na minha juventude, fiquei extremamente impressionado por dois pontos principais. O primeiro deles a música e a vida de Mozart, que atualmente reconhecido como sendo um dos maiores compositores musicais da história da humanidade, foi enterrado numa cova para indigentes; e o segundo ponto, foi a beleza das cenas gravadas em cenários reais da velha cidade de PRAGA e VIENA, embaladas pela maravilhosa música de Mozart. O filme conta a história de Mozart sob a ótica de um compositor italiano contemporâneo de Mozart chamado ANTONIO SALIERI (F. MURRAY ABRAHAM) que no fim da vida, confessa a um padre como conspirou secretamente para a derrocada de Mozart nos seus primeiros anos na cidade de VIENA. Essa versão, não tem registro histórico e é uma ficção montada dentro da verdadeira história de Mozart que é magistralmente resumida nesse filme. No filme encontramos a figura sempre presente e dominadora do seu pai, que o treinou desde os primeiro anos. Esse talento extraordinário desde cedo começou a entregar para humanidade uma das obras mais extensas, influentes e belas de toda a história da humanidade. Mozart é mostrado como um boêmio, lascivo, irresponsável, petulante e orgulhoso, que apesar do talento único, não consegue sucesso entre as duas classes dominantes à época, o clero católico e a corte do rei Austríaco. Mozart em vida encontra sucesso somente entre as classes menos abastadas, em óperas bufas como “AS BODAS DE FÍGARO” e “A FLAUTA MÁGICA”, que têm seus mais famosos trechos reproduzidos no filme. Para mim um dos melhores filmes já feitos em todos os tempos, e obrigatório para os amantes da boa música, da música clássica e da obra de W. Amadeus Mozart.

domingo, 17 de março de 2013

Cinema digital vai dominar as projeções em Pernambuco Inauguração de quatro salas na rede Cinemark amplia espaço para a nova tecnologia no estado

DIÁRIO DE PERNAMBUCO Publicação: 20/02/2013 11:20 Atualização: 20/02/2013 11:50 Salas na Região Metropolitana estão dando adeus ao formato 35mm. Foto: Box Cinemas/ Divulgação. Grandes projetores e pesadas bitolas de película cinematográfica estão com os dias contados no Recife. A aposentadoria compulsória do 35mm - ainda carinhosamente apelidado de “verdadeiro cinema” - por aqui está marcada para 2013, ou, como tudo nesse Brasil, para 2014, no máximo. Nesta quarta-feira, a rede Cinemark (Shopping RioMar) inaugura as últimas quatro salas de seu complexo, o primeiro inteiramente digital. No segundo semestre, a rede UCI estreia o aguardado IMAX, com telas maiores e poltronas reclinadas que proporcionam visualização diferenciada, ideal para filmes de ação e com efeitos especiais. A rede UCI, presente nos shoppings Recife, Boa Vista, Tacaruna e Plaza, mantém o maior número de salas em 35mm. Todas as salas 3D rodam tecnologia analógica e digital, e as outras são apenas analógicas. Até o fim do ano, toda a rede Cinépolis (no Shopping Guararapes) será digitalizada. “O digital facilita a programação, porque é tudo mais rápido, o transporte, a montagem. O filme não precisa ser montado, é só dar ‘play’”, explica a gerente de imprensa da rede, Maria Fernanda Menezes. Em poucos anos, apenas os cinemas São Luiz e da Fundação Joaquim Nabuco devem manter seus projetores de película, atendendo à nostalgia dos cinéfilos, mas também a uma qualidade de imagem e textura ainda não atingida pela tecnologia digital. “O 4K engana muito bem. Ele dá uma sensação de profundidade e nitidez muito boa, o espectador leigo não percebe a diferença. Mas estudos mostram que não se equipara à película”, explica Luiz Joaquim, programador da Fundaj, que vai ganhar seu projetor 4K ainda neste semestre. O equipamento, da Sony, é o de melhor definição no mercado brasileiro, maximizando a resolução para 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. No Full HD, é de 1.920 linhas horizontais por 1.080 verticais. A Fundaj estreia novo cinema em Casa Forte em 2014, equipado com projetor digital 2K. O São Luiz recebe projetores 4K e 3D. A previsão de lançamento é maio. Até o fim do ano, os cinemas Rosa e Silva, Eldorado e Royal, da PMC, devem seguir a tendência e digitalizar todas as salas. “Este é o ano de todo mundo se enquadrar no digital. A qualidade do 35mm ainda é imbatível, mas o problema é o fornecimento de material”, explica Paulo Menelau, diretor da rede. A transição para o digital reduz o custo para menos de R$ 1 mil por cópia, enquanto as películas saem por até R$ 5 mil, a depender da duração do filme. A controversa tecnologia 3D continua em expansão. A próxima sala 3D do Recife será inaugurada em março, no Rosa e Silva. As outras salas 3D ficam no Kinoplex Recife (4), Kinoplex Tacaruna (3), Kinoplex Plaza (2), Caruaru (1), Costa Dourada (1) e Box Cinépolis Guararapes (1), pioneiro da tecnologia no estado, em 2008, com Os mosconautas no mundo da Lua. Está na tela Foto: Sony Pictures/ Divulgação. 35mm As películas de 35 milímetros (medida da largura do fotograma) são o padrão cinematográfico desde os tempos dos Irmãos Lumière. As bitolas proporcionam nitidez e texturas inalcançadas pelo digital. As películas resistem em todos os cinemas pernambucanos, à exceção do RioMar. O brasileiro Tainá: A origem, está neste formato. 4K 4K é uma medida de resolução que se refere a aproximadamente mil pixels transversais. Os projetores 4K geram 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais. Isso diminui os quadradinhos da imagem digital, comuns também nas fotografias. Quanto mais perto da tela, mais fácil a percepção da diferença. A tecnologia nas salas 3D da rede UCI. Foto: Paramount/ Divulgação. 3D O 3D consiste basicamente em uma ilusão de ótica que amplia a noção de profundidade do espectador, como se a cena pulasse para fora da tela. Na sala, a ilusão ótica depende da projeção e dos óculos, que comumente recebem críticas de sucateamento. A técnica é a preferida de animações como As aventuras de Tadeu (foto) e Monstros SA. Foto: Callmehollywood.wordpress.com/ Reprodução da internet. IMAX O tamanho das imagens é o principal trunfo do formato Imagem Maximum. As telas chegam a mil metros quadrados de área e são posicionadas com inclinação diferenciada (assim como a plateia), distanciando os limites da imagem. As salas brasileiras são também 3D, com o sistema de duas lentes simultâneas que maximizam o efeito tridimensional. Foto: Paramount/ Divulgação. XD O diferencial da rede Cinépolis no Recife é a tecnologia Extreme Digital Cinema (XD), que comporta filmes em 2D e 3D. As telas são até 50% maiores que as convencionais, do teto ao chão. O projetor é mais brilhante, e o som tem até 50 mil watts de potência, contra 12 mil das outras salas. O filme em cartaz é João e Maria: Caçadores de bruxas (foto).

sábado, 16 de março de 2013

007 - QUANTUM OF SOLACE (2008) – O MAIS VIOLENTO DE TODOS OS FILMES DE JAMES BOND. Não teve o sucesso de CASSINO ROYALE, mas “dá pro gasto”.

Este filme é uma sequencia de “CASSINO ROYALE”, um estrondoso sucesso em 2006, uma reinvenção da franquia e do velho personagem JAMES BOND. Dá continuidade às fortes cenas de ação e violência iniciadas em “CASSINO..” e consolida DANIEL CRAIG como o novo personagem e o novo BOND, mais violento, passional e participando de algumas das melhores cenas de ação de todos os tempos da franquia. Nesse filme, BOND persegue a organização de DOMINIC GREENE (Mathieu Amalric) que disfarçado de investidor na preservação do meio-ambiente na Bolívia, planeja dominar a distribuição de água da nação sulamericana. Nesse meio tempo, Greene planeja um golpe de estado no país com o fim de empossar como presidente um general exilado que em troca, cederá as reservas de água do país para essa organização. À medida que avança na descoberta dos tentáculos da organização, BOND começa a mexer com os interesses da CIA e próprio governo britânico, que juntos o perseguem. Acompanhado somente pela CAMILLE MONTES (Olga Kurilenko), sem o apoio de M (Judi Dench), BOND persegue GREENE até um espetacular desfecho no deserto. Bond é mostrado como um agente que bebe demais, com dificuldades para dormir e com um forte desejo de vingança pela morte de VESPER. Esse comportamento instável e fora de controle, faz com que o MI6 questione sua capacidade de completar a missão. O filme não é tão bom quando CASSINO ROYALE, e por isso não obteve o mesmo sucesso de bilheteria, mas é feliz em dar continuidade na mudança do personagem versus os antigos filmes da série, apresentando um BOND mais violento, instável, apaixonado e com desejo de vingança, o que é bem ao gosto das audiências do cinema atual.

CASSINO ROYALE (2006) – A espetacular reinvenção de um velho personagem, James Bond, e de uma velha história.

O filme é um reinício da franquia que estava em queda depois de vários filmes estrelados por PIERCE BROSNAN, que encarnava muito bem o velho agente dos anos 60 a 90, mas precisava ser reinventada para se comunicar com as novas audiências. A franquia precisava de um novo ator para o papel de BOND e uma história que o encaixasse nos novos filmes de ação que reinavam no período, como a franquia “JASON BOURNE” que se iniciou em 2002 e foi um marco estabelecendo uma trilha a partir do qual todos os filmes de ação deveriam seguir. A escolha de DANIEL CRAIG para o papel de BOND, a princípio muito criticada, mostrou-se um tiro certeiro. O roteiro, baseado num livro de 1953 escrito pelo próprio IAN FLEMING - o criador da série e do personagem -, mostrou-se também uma excelente escolha. O filme mostra um BOND no início de sua carreira, logo após ter recebido sua licença para matar e o codinome 007, menos experiente e mais vulnerável. No filme ele se apaixona por VESPER (EVA GREEN), uma funcionária do tesouro escalada para acompanhar BOND na aventura. DANIEL CRAIG mostrou-se um ator que gosta de fazer as cenas de ação “à moda antiga“, onde ele próprio participou de várias cenas dispensando dublês, tendo se acidentado em uma delas. Sua atuação foi muito elogiada. A história gira ao redor de uma partida de pôquer no CASSINO ROYALE entre BOND e o vilão da LE CHIFFRE, uma espécie de banqueiro internacional do mal. Depois de impedir um ataque terrorista no Aeroporto Internacional de Miami, frustrando os planos de LE CRIFFRE, Bond conhece e se apaixona por Vesper Lynd, uma agente do tesouro enviada para fornecer o dinheiro que ele precisa para frustrar os planos de Le Chiffre, e bancar as altas apostas da tal partida de pôquer. É um dos melhores filmes da série e uma boa diversão. A história continua no filme seguinte, Quantum of Solace. “CASSINO ROYALE” Arrecadou mais de US$ 600 milhões de dólares em bilheteria, sendo na época (2006) o filme de maior sucesso na história da franquia.

JOÃO E MARIA – CAÇADORES DE BRUXAS (2013) – Terror, ação, comédia e aventura num único filme.

É um filme que une terror, comédia e ação ao mesmo tempo, feito sob medida para agradar a audiência jovem e aqueles que gostam de filmes de ação. É porrada do início ao fim, onde as bruxas sempre levam a pior contra os dois irmãos JOÃO e MARIA ( HANSEL & GRETEL na versão americana ). A história é baseada num conto medieval alemão em que duas crianças são abandonadas numa floresta mágica onde se alojam numa casa feita de doces. Transformam-se em caçadores de bruxas e vivem a andar pelos vilarejos das redondezas em busca de toda a sorte de bruxas para matá-las com suas armas de fogo ultramodernas (para a época) e suas habilidades com facas e artes marciais. O filme pega carona no sucesso do ator JEREMY RENNER, escalado no ano passado para a sequência da espetacular série de ação JASON BOURNE, e nos incríveis efeitos especiais da indústria do cinema atual. O resultado é um filme com muita ação, muita pancadaria e um final surpreendente. Valeu pela diversão e passa tempo, mas não espere muito mais do que isso.

quinta-feira, 14 de março de 2013

PARSIFAL - O IDIOTA INGÊNUO de WAGNER, o compositor preferido de HITLER.

Amigos leitores, ultimamente eu tenho ido ao cinema aos sábados à tarde, não para ver cinema, mas para ver grandes óperas clássicas transmitidas ao vivo do METROPOLITAN OPERA de NEW YORK, em HD e com as melhores vozes da atualidade em performances excepcionais. Resolvi compartilhar com vocês a última das peças que fui ver como estímulo para que vocês possam pesquisas nos cinemas perto de suas casas as peças que estão sendo apresentadas. As que eu tenho ido são no Shopping Recife, que tem uma cadeia de cinemas UCI. Vou escrever um pouco sobre PARSIFAL de WAGNER. WAGNER foi um compositor alemão que viveu no século dezenove (1813 – 1883) reconhecido pelas óperas grandiosas, sempre com uma história complexa escrita pelo próprio Wagner, harmonias musicais ricas e orquestrações grandiosas, sempre cantadas em alemão, geralmente exaltando o nacionalismo e a excelência da raça alemã. Obteve grande sucesso na segunda metade do século dezenove e no início do século vinte, entretanto, depois de ter sido usado pelos nazistas para divulgar a superioridade ariana e ser o preferido de Hitler, caiu em desgraça após a segunda grande guerra e foi praticamente banido por décadas dos grandes teatros do mundo. Atualmente não se pode tocar WAGNER no estado de Israel. Nas últimas décadas do século passado suas peças voltaram a ser tocadas e o grande público teve de novo acesso à grandiosidade da obra desse alemão. Seu trabalho, apesar de cercado de controvérsias principalmente antissemitas, é um marco na música mundial e suas óperas são reconhecidas como entre as melhores de todos os tempos. PARSIFAL é a sua última ópera e talvez por este motivo apresente uma marcante religiosidade ao longo dos seus atos. Eu posso resumi-la apresentando a vocês o ambiente em que se inicia a ópera: um rei ferido e doente, líder de uma ordem sacerdotal de cavaleiros cristãos que dão suporte ao seu reinado. A ordem sacerdotal adora o Santo Graal, que vem a ser o cálice sagrado usado pelo nosso Senhor Jesus Cristo na última ceia, antes de ser preso e crucificado; e adora também a LANÇA SAGRADA, que vem a se a lança empunhada pelo soldado romano que cortou o flanco de Jesus Cristo. O rei - AMFORTAS - guardião do Graal e da lança, a perdeu para o malvado KLINGOR, que após roubá-la fere o Rei deixando-o fraco e ferido, sem condições de continuar seu reinado e reaver a lança. KLINGOR, com seu plano malévolo de roubar também o GRAAL e destruir o Rei, entrega-se à feitiçaria, enfeitiçando KUNDRY, uma mulher que nunca envelhece e tem o poder de seduzir PARSIFAL. É nesse momento de desesperança e angústia que aparece PARSIFAL, o idiota ingênuo, um tolo de coração puro. PARSIFAL vendo a situação do reino, e atendendo a um pedido, segue em busca do poderoso bruxo armado somente com sua tolice e seu coração puro. Com essa pureza ele destrói o bruxo, recupera a lança e a restitui ao rei, e é coroado novo rei e protetor do GRAAL e da lança. Esse é o resumo de quatro horas e meia de peça, que somados aos dois intervalos entre os atos, chega a mais de cinco horas no total. Quem espera uma música fácil de ser entendida e cantarolada depois, pode esquecer! A música é bela e grandiosa, mas quase nunca repetitiva e por isso mesmo deve ser de difícil interpretação para músicos e cantores. O quadro geral é bom. Gostei e recomendo!

HENRIQUE V – Um drama épico, com Lawrence Olivier. Filmado em 1944 e fielmente baseado na peça de William Shakespeare.

Escrever sobre Shakespeare é uma petulância da minha parte. Sendo petulância a palavra chave desse comentário, ela cai como uma luva sobre esse petulante Rei da Inglaterra que baseado na sua genealogia, reclama para si o trono da França e parte numa guerra insana contra um exército petulante, eis a palavrinha aí de novo, exército cinco vezes maior em número e que, mesmo assim, Henrique V sai galhardamente vitorioso. Como recompensa recebe a mão de uma bela princesa francesa, a quem ele conquista o coração numa breve guerra de palavras em duas línguas, o inglês e o francês. Ele a convence com o astuto argumento de que, sendo ela sua, seria dele a França. Sendo ele dono da França e da Inglaterra, e ela sendo dona de seu coração, seriam dela também as duas gloriosas nações. E o filme acaba com o casamento do garboso e petulante Rei que conquista para si uma nação e o coração de uma bela princesa. Esta peça, que o ator e diretor inglês Sir Lawrence Olivier transforma em filme, não está listada entre as melhores peças do genial poeta e dramaturgo inglês que viveu entre 1564 e 1616. Numa Inglaterra onde reinava a mítica rainha Elizabeth I, a virgem, que levou seu país a grandes vitórias em guerras e iniciou o que se consolidaria décadas mais tarde como o grande império britânico. Foi um período de grande crescimento econômico, político e social para o outrora frágil reino inglês. Nesse cenário surgiu Shakespeare, ator, escritor teatral e empresário do teatro. Ele vai beber na fonte dos clássicos gregos e romanos para buscar inspiração para suas peças que inicialmente são comédias, depois ele migra para as tragédias e romances. Todos nós já vimos em algum momento de nossas vidas obras cinematográficas, teatrais ou literárias baseadas em parte ou em sua totalidade na obra desse gênio que foi William Shakespeare. Romeu e Julieta, A Megera Domada, Hamlet, Othelo, e esse Henrique V são obras-primas que deveriam ser lidas ou assistidas por todos, pois são eternas. É por isso que eu adoro o cinema, por que de outra forma, como teríamos acesso a sua obra? Certa vez eu tentei ler o original de O MERCADOR DE VENEZA. Fui até o final por que me obriguei a isso, mas beber na fonte original me pareceu uma taça amarga. A linguagem densa e rebuscada de séculos atrás, escrita em versos, para mim, escondia atrás de si a história que eu já havia visto no cinema com AL PACINO no papel do avarento judeu que pede um pedaço do couro, ou a própria pele, como garantia pelo não pagamento de uma dívida contraída através de empréstimo. No cinema, os amargos versos ficaram doces e fáceis de serem deglutidos. É por isso que amo o cinema!