terça-feira, 11 de dezembro de 2012
SABOTEUR (1942 ) - HITCHCOCK
SABOTEUR – 1942 – ALFRED HITCHCOCK
Esse é da minha coleção, dos antigos. Os que me dão mais prazer em colecionar e assistir. O diretor é ninguém menos que Alfred Hitchcock, já famoso e tendo duas décadas dedicadas à direção cinematográfica, ele ainda não tinha dirigido os grandes sucessos que o tornariam uma lenda em Hollywood, como DIAL M FOR MURDER(1954), THE MAN WHO KNEW TOO MUCH (1956) e PSYCHO(1960), certamente seu trabalho mais conhecido e o ponto algo de sua longa carreira na direção.
Interessante analisar o filme e comparar com outros do mesmo diretor alguns anos depois, até mesmo esses que mencionei há pouco. Nesse filme nós vemos a genialidade de Hitchcock nas cenas de tensão e suspense adequadamente distribuídas por todo o filme, com um gran finale de grande suspense. Uma morte de um inocente logo no início do filme, que desencadeia toda ação, e que num crescendo, o herói descobre que está inserido num problema de ameaça à segurança nacional da América. Vemos um rapaz comum, sem preparação para o que está por vir, aos poucos ir fechando os pontos que ligam o assassinato inicial, com os temas maiores apresentados só final do filme. Essa linha de roteiro nós vimos em alguns de seus filmes futuros, especialmente no fabuloso “THE MAN WHO KNEW TOO MUCH” (1956).
Não vemos, entretanto, a extraordinária música que geralmente acompanha esses momentos de suspense em seus grandes filmes, nem a grande performance dramática de atores e atrizes consagrados. A música de SABOTEUR é fraca. Em alguns momentos de tensão, poderia ser melhor explorada, dando mais intensidade à cena. Ao contrário, em alguns momentos sequer houve fundo musical. A meu ver, a performance dos dois atores principais é sofrível, e não está altura dos personagens, roteiro e da dramática e genial forma de direção utilizada por HITCHCOCK nesse filme de suspense e ação. Nem como par romântico, PRISCILA LANE e ROBERT CUMMINS me convencem. Ao final fiquei com uma sensação de desperdício de um excelente roteiro, um diretor genial e atores medíocres. O filme entretanto, no seu todo, visto como um ponto intermediário da carreira desse grande diretor, é muito bom, e merece ser visto, pelo seu conjunto, pelo roteiro genial, pelas cenas de suspense, pela cena final que é muito boa, e pelo momento em que está inserido, uma grande guerra mundial, que nos dá umas dicas das tensões existentes na época entre nações e pessoas.
O FILME
O filme começa com um incêndio criminoso numa empresa aeronáutica, que leva a morte de um rapaz chamado MASON. Seu amigo, BARRY KANE (CUMMINGS), é erroneamente acusado e ter começado o incêndio na fábrica de aviões em Glendale, Califórnia. O momento é durante a segunda grande guerra mundial. KANE acredita que o real culpado é um homem chamado FRY (NORMAN LLOYD, numa boa interpretação que não compromete), que lhe entregou um extintor de incêndio cheio de gasolina, quando o incêndio começou, e os três colegas de trabalho, KANE, FRY e MANSON, estavam tentando apagar o incêndio. Após receber o extintor das mãos de FRY, KANE o passou para MASON, o que levou a sua morte. Quando a polícia não encontra na lista de trabalhadores da fábrica nenhum homem chamado FRY, eles logo assumem que KANE é o culpado e começam uma perseguição.
A partir de um acidente aparentemente isolado, o filme caminha para uma situação de segurança nacional na cidade de New York. Não pretendo contar aqui todo o filme. Meu objetivo é dar um gostinho para que meus fiéis três leitores ganhem o gosto para assistir esses maravilhosos filmes antigos.
A cena final é muito bem feita, na estátua da liberdade, um ícone americano, num período da história da humanidade, em que essas liberdades individuais estavam em risco com a grande guerra na Europa e o avanço até aquele momento (1942) dos exércitos alemães. O filme acaba nos dando um belo retrato daquele momento importante da humanidade, as suspeitas entre nações e pessoas, suspeitas essas que deram o caldo para o genial HITCHCOCK nos presentear com esse filme.
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