terça-feira, 13 de setembro de 2016
O SÉCULO MAL COMEÇOU E JÁ COMEÇAM AS LISTAS DE MELHORES. SEMPRE QUESTIONÁVEIS, MAS ESSA VALE A PENA PUBLICAR.
Confira os 26 melhores filmes do século 21 disponíveis na Netflix
Publicado em 02/09/2016 , às 20 h00
NE10
Dentro do extenso catálogo de filmes da Netflix, 26 fazem parte da lista de melhores filmes do século da BBC / Foto: Divulgação
Dentro do extenso catálogo de filmes da Netflix, 26 fazem parte da lista de melhores filmes do século da BBC
Foto: Divulgação
Os editores do BBC Culture divulgaram na última semana uma lista com os 100 melhores filmes do século 21 - até agora. E o NE10 separou quais dessas produções estão no serviço de streaming Netflix para você curtir o fim de semana só com obras de qualidade. Confira abaixo a lista de 26 filmes:
26. Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)
Após perder a esposa e toda a ninhada, Marlin passa a criar sozinho seu único filho Nemo com todo o cuidado do mundo nos recifes de coral. Até que um dia o pequeno e simpático peixe-palhaço acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai precisa entrar em ação e parte numa busca pelo mar aberto para encontrar seu amado filhote. No caminho, ele conhecem Dory, com quem vive essa incrível aventura.
25. Ratatouille (Brad Bird, 2007)
Tendo Paris como cenário, Remy é um rato que sonha se tornar um grande chef, mesmo tendo a família contra. Um dia, ele decide visitar a cozinha do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau. Lá, ele conhece Linguini um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar, mas precisa manter o emprego a qualquer custo. Assim, Remy e Linguini formam uma equipe na cozinha.
24. O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (Andrew Dominik, 2007)
Jesse James (Brad Pitt), o carismático, imprevisível e mais notório fora-da-lei da América, planeja mais um de seus grandes assaltos, até que fica sabendo que seus inimigos lançaram uma corrida em sua captura. James então declara guerra a todos eles. No entanto, a maior ameaça à vida dele, vem de um dos homens em que mais confiava.
23. O Segredo dos Seus Olhos (Juan José Campanella, 2009)
Recém aposentado do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal, Benjamin Esposito (Ricardo Darín) agora se dedica a escrever um livro, usando sua experiência para contar uma história trágica, que testemunhou em 1974. Na época, o Departamento de Justiça onde trabalhava foi enviado para investigar o estupro e assassinato de uma bela jovem. É desta forma que Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete encontrar o culpado. Para tanto, ele, seu amigo Pablo Sandoval (Guillermo Francella), e sua chefe imediata Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil) por quem nutre uma paixão secreta, se unem nesta missão.
22. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)
Deixando para trás a vida de subúrbio que tinha com a família, Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro de Montmartre, em Paris, e começa a trabalhar como garçonete. Certo dia, ela encontra uma caixa escondida na sua casa e decide procurar o antigo morador, afim de devolver o item. Assim, Amélie encontra Dominique (Maurice Bénichou). Vendo que ele chora de alegria ao reaver o objeto, a moça começa a ver o mundo de uma forma diferente. A partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, como um novo sentido para sua existência. Entretanto, ela ainda sente falta de um grande amor.
21. Shame (Steve McQueen, 2011)
Bem sucedido, Brandon (Michael Fassbender) mora sozinho em Nova York e, seus problemas de relacionamento, aparentemente, são resolvidos durante o sexo. No entanto, sua rotina de viciado em sexo é sendo profundamente abalada quando sua irmã Sissy (Carey Mulligan) aparece de surpresa e pretende morar com ele.
20. O Lobo de Wall Street (Martin Scorsese, 2013)
Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey) por seis meses. Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, fazendo cair repentinamente as bolsas de vários países. Sem emprego, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor. Lá, e Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Com ajuda de Donnie (Jonah Hill), ele cria a Stratton Oakmont e enriquece rapidamente.
19. O Escafandro e a Borboleta (Julian Schnabel, 2007)
Editor da revista Elle e um apaixonado pela vida, Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem, subitamente, tem um derrame cerebral aos 43 anos. Apesar de lúcido, ele sofre de uma rara paralisia e o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Se recusando a aceitar seu destino, Bauby aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos.
18. Os Excêntricos Tenenbaums (Wes Anderson, 2001)
Royal Tenenbaum (Gene Hackman) e a esposa Etheline Tenenbaum (Anjelica Huston) tiveram três filhos, Chas (Ben Stiller), Margot (Gwyneth Paltrow) e Richie (Luke Wilson). Logo depois eles se separaram. Anos depois, Royal resolve reatar os antigos laços e lutar pelo amor de Etheline, que está prestes a se casar.
17. Guerra ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008)
JT Sanborn (Anthony Mackie), Brian Geraghty (Owen Eldridge) e Matt Thompson (Guy Pearce) fazem parte do esquadrão anti-bombas do exército americano no Iraque. Até que um erro faz com que um artefato exploda e mate Thompson. Em seu lugar, é enviado o sargento William James (Jeremy Renner), que possui grande sangue frio em ação e gera alguns desentendimentos com Sanborn.
16. A Grande Beleza (Paolo Sorrentino, 2013)
Durante o verão, o escritor Jap Gambardella (Toni Servillo), aos 65 anos, reflete sobre a vida. Desde o seu grande sucesso "O Aparelho Humano", escrito décadas atrás, ele não concluiu nenhum outro livro. A partir de então, a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade, os luxos e privilégios de sua fama. Até que ele se lembra de um amor da sua juventude e cria forças para mudar sua vida.
15. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)
Durante a 2ª Guerra Mundial a França é ocupada pelos nazistas e o tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. Ao mesmo tempo, Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz) e foge para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja se vingar.
14. Sob a Pele (Jonathan Glazer, 2013)
Um alienígena (Scarlett Johansson) chega à Terra e percorre estradas desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas. Sua principal arma é sua sexualidade voraz, mas ela acaba descobrindo uma porção de humanidade em si mesma.
13. A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012)
Após os ataques terroristas sofridos pelos EUA em 11 de setembro de 2001, foi iniciada uma época de medo e paranoia nos norte-americanos. A agente da CIA Maya (Jessica Chastain) está por trás dos principais esforços em capturar bin Laden. Assim, ela participa da operação que levou militares americanos a invadir o território paquistanês, com o objetivo de capturar e matar bin Laden.
12. Ida (Paweł Pawlikowski, 2013)
Pronta para prestar seus votos e se tornar freira, a jovem noviça Anna (Agata Trzebuchowska), por insistência da Madre Superiora (Halina Skoczynska), vai visitar a única familiar restante: tia Wanda (Agata Kulesza), uma mulher mundana, defensora do Partido Comunista, que revela segredos sobre o seu passado. Assim, a moça descobre que seu nome real é Ida e sua família era judia, capturada e morta pelos nazistas. Após essa revelação, as duas resolvem partir em uma jornada de autoconhecimento, para descobrir o real desfecho da história da família.
11. 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013)
No ano de 1841, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Até que, ao aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado, acorrentado e vendido como escravo. Solomon então precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.
10. Melancolia (Lars von Trier, 2011)
Um planeta chamado Melancolia está prestes a colidir com a Terra, resultando na destruição do nosso planeta. No meio disso, Justine (Kirsten Dunst), que está prestes a se casar com Michael (Alexander Skarsgard), recebe a ajuda da irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), para realizar uma festa suntuosa para a comemoração.
9. Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002)
Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.
8. Oldboy (Park Chan-wook, 2003)
No ano de 1988, Oh Dae-su (Choi Min-sik), um homem casado e pai de uma garota de 3 anos, é levado a uma delegacia por estar alcoolizado. Ao sair, ele liga para casa de uma cabine telefônica e logo em seguida desaparece, deixando apenas o presente de aniversário da filha como pista. Pouco depois, ele percebe estar em uma estranha prisão, que na verdade é um quarto de hotel, onde há apenas uma TV ligada. É através desse aparelho que ele descobre que é suspeito do homicídio da mulher.
7. WALL-E (Andrew Stanton, 2008)
Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera, a humanidade deixou o planeta Terra e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era deixar robôs limpando a Terra e voltar em alguns anos. Wall-E, o último destes robôs que se mantém em funcionamento, vive compactando o lixo existente e colecionando objetos curiosos que encontra. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva, por quem Wall-E se apaixona.
6. A Rede Social (David Fincher, 2010)
Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) é um analista de sistemas graduado em Harvard que, em uma noite do outono em 2013, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia. Seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história com a rede social Facebook.
5. Amnésia (Christopher Nolan, 2000)
Um ladrão ataca um casal, mata a mulher e deixa um homem à beira da morte. O marido sobrevive, mas deixa de gravar memórias recentes. Mesmo assim, ele parte em uma jornada a fim de descobrir o assassino de sua mulher e vingá-la.
4. O Mestre (Paul Thomas Anderson, 2012)
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o marinheiro Freddie Quell (Joaquin Phoenix) deseja reconstruir a vida. Mas, diante do trauma ele sofre com ataques de ansiedade e violência, e não consegue controlar seus impulsos sexuais. Um dia, ao acaso, ele conhece Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), líder de uma organização religiosa conhecida como A Causa. Mesmo reticente, ele se envolve cada vez mais com este homem. Freddie torna-se então muito dependente das ideias de seu Mestre, a ponto de não conseguir mais se dissociar do grupo.
3. Sinédoque, Nova York (Charlie Kaufman, 2008)
Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman) é um diretor de teatro que está preparando uma nova peça, que está enfrentando problemas pessoais. A esposa dele, Adele Lack (Catherine Keener), abandonou-o para morar em Berlim, levando consigo a filha Olive (Sadie Goldstein). A terapeuta dele, Madeleine Gravis (Hope Davis), aparenta estar mais interessada em divulgar seu best seller do que em ajudá-lo. Caden então decide reunir um grupo de atores em um armazém de Nova York e dar vazão à sua criatividade, buscando uma peça que seja cada vez mais um paralelo de sua própria vida.
2. Onde os Fracos não Têm Vez (Joel e Ethan Coen, 2007)
Tendo o Texas da década de 80 como pano de fundo, o filme conta a história de Llewelyn Moss (Josh Brolin), um traficante de drogas encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo, Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. No entanto, para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).
1. Sangue Negro (Paul Thomas Anderson, 2007)
Durante a virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia, daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de prata derrotado, que divide tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Em busca de uma vida melhor, ele decide partir para o local com seu filho, H.W. (Dillon Freasier). Daniel e H.W. logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza e conflitos
sábado, 3 de setembro de 2016
Lições do Cinema 2 - Quando a vida não te dá uma saída, qual é a solução? Continue a nadar.
14. "Sigue nadando", de Buscando a Nemo
Quién lo dice. Dory, cada vez que no se le ocurre otra cosa que decir.
Qué lección aprendemos. Este mensaje sencillo, tontorrón e infalible puede aplicarse a cualquier situación de la vida. El ser humano está programado para sobrevivir y adaptarse, en contra del coloquial lamento de "no puedo más". Sí que puedes. Sigue nadando.
Lições que Aprendemos no Cinema - Mestre Yoda e sua filosofia de vida. " Faça ou não faça, mas não tente."
El cine no es un manual de vida, sino un reflejo de ella. Sin embargo, algunas frases resuenan en nuestra cabeza mucho después de salir de la sala de cine. Son sentencias en apariencia sencillas, pero que no se le habían ocurrido a nadie antes, como los mejores inventos, y por eso funcionan para cualquier situación de la vida. Al recordarlas, simplificamos (y explicamos) nuestros conflictos e incluso nos sentimos mejor. Sacadas de su contexto funcionan como píldoras de filosofía aptas para todos los públicos. Y si no, hagamos la prueba y descubriremos que cualquier adulto puede sentirse identificado con estas frases.
1. "Hazlo o no lo hagas, pero no lo intentes", de La guerra de las galaxias
Quién lo dice. Yoda, cuando Luke Skywalker le confiesa que "intentará" usar La Fuerza.
Qué lección aprendemos. Yoda era un filósofo cuya lentitud generaba cierta ansiedad, y parecía estar siempre medio dormido, pero cuando se ponía serio acertaba de pleno. Yoda nos transmite con esta frase que cuando alguien dice "lo intentaré" es la mayor cobardía que se puede mostrar, porque anticipa el fracaso, busca la disculpa precoz y se escuda en el "por si acaso". Yoda tiene razón: con lo fácil que es fallar, la única forma de evitarlo es no contemplarlo como una opción.
sábado, 20 de agosto de 2016
BEN HUR(2016) O FRACASSO DE UMA REFILMAGEM - IMPOSSÍVEL RECRIAR UMA OBRA PRIMA.
BEN HUR(2016)
Baseado no filme clássico e superpremiado BEN HUR (1959), estrelado por Charlton Heston, esta refilmagem encanta pela grandiosidade, pela história emocionante de superação, vingança e perdão e pelos maravilhosos efeitos especiais. A história se passa na Jerusalém do período da vida mortal do Salvador Jesus Cristo. Os últimos oito anos antes da crucificação de Cristo em Jerusalém. O personagem central é um judeu rico e de família nobre, Judah Ben-Hur, que tem um irmão adotivo de origem romana, Messala Severus. O amor e cuidado entre irmãos é confrontado pelo poder imperial romano quando Messala retorna a Jerusalém com uma alta patente no exército e fica encarregado da segurança do governador Pôncio Pilatus. Um incidente infeliz confronta os dois irmãos e coloca nas mão de Messala o destino e as vidas de Judah, sua mãe e irmã. A escolha de Messala por Roma inicia todos os eventos sangrentos e espetaculares do filme até um desfecho surpreendente e totalmente diferente do filme de 1959. Destaque para o personagem de Morgan Freeman (Sheik IIderim), o rico criador de cavalos que salva Judah no deserto e o põe diante de Messala no circo de Roma para consumar sua vingança e confrontar o orgulho e poder romanos. Destaque para o brasileiro Rodrigo Santoro no papel de Jesus Cristo. A mensagem cristã permeia todo o filme, representada pelos personagens de Jesus Cristo e Esther, a esposa de Judah, que abraça a fé cristã e tenta, em vão, livrar os dois irmãos das consequências da vingança.
EFEITOS ESPECIAIS
Duas sequências são espetaculares e inovadoras. A cena da batalha das galés no mar Jônico, onde nós como espectadores, vemos a batalha o tempo todo sob o ótica de Judah, um escravo de galés. E, a impressionante cena da batalha de bigas puxadas por cavalos, no circo romano de Jerusalém. Destaco a tentativa do diretor, através dos efeitos especiais de última geração, em aproximar o expectador do realismo das batalhas.
COMPARAÇÕES COM O FILME DE 1959
É impossível recriar uma obra-prima. Nesse sentido o diretor fracassa em refilmar o clássico de 1959. Ben Hur (1959) ganhou 11 Oscares, e está numa categoria de filmes grandiosos como “E O VENTO LEVOU...”, “TITANIC”, filmes que não podem ser refilmados, são clássicos no seu tempo, e feitos com as ferramentas e tecnologias disponíveis no seu momento. A corrida de bigas do clássico de 1959, vista hoje ainda impressiona. O Ben Hur(2016) encurta a história em pelo menos uma hora e meia, o que é muito bom. As audiências de hoje não aguentariam ficar mais de três horas sentados no cinema. Certamente os celulares e redes sociais iriam chamar a atenção das pessoas e o filme seria um fracasso. Os personagens de Messala e Sheik IIderim (Morgan Freeman) assumem papel central no filme. No filme de 1959, Messala era um frio e insensível romano que merecia a vingança e a morte. Nesse filme ele merece o perdão. O Sheik em 1959 era um personagem secundário, quase cômico. Nessa refilmagem, assume papel central e sério. Em tempos de pós guerra de 1959, o inimigo tem que ser destruído e morto. Em tempos de paz e aceitação das diferenças de 2016, o inimigo tem que ser perdoado e aceito com suas diferenças. O filme é bom e vale o ingresso, porém, fracassa na tentativa de refilmar um clássico.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
A ASSASSINA (2015) Taiwan. Poesia em imagens sobre a China medieval. Western de espadas.
A ASSASSINA (2015) Taiwan. Recomendo com ênfase. Poesia em imagens sobre a China medieval.
É um filme taiwanês, ganhador do prêmio de melhor diretor no festival de Cannes (2016). O diretor de nome impronunciável para os nossos padrões brasileiros é muito bom mesmo. As imagens, a fotografia, as cores, luzes, diálogos, e roteiro, quase tudo perfeito. O figurino também é muito bom. Pode ser classificado como filme de ação, e pode parecer lento para alguns, até mesmo para os padrões asiáticos. É também um romance, e até um “western de espadas” da China imperial medieval. Os detalhes da China história são impressionantes e cativam o expectador. Para o cinéfilo acostumado a ação intensa e música ensurdecedora, a decepção será evidente e rápida. A pouca e bela música é um componente surpreendente do filme. A música não compete com as imagens, as complementa. As imagens são o principal personagem do filme, belas e poéticas imagens.
O cineasta Hou Hsiao-Hsien envereda pelo wuxia, o mais tradicional gênero do cinema chinês. A Assassina (Nie Yin Niang, 2015) é uma fantasia medieval de artes marciais. O objetivo é encontrar poesia em coisas mundanas e violentas como uma assassina treinada para matar. Achar beleza nisso é para poucos cineastas, e aqui, encontramos um desses poucos.
A trama se passa na China do século 8, tem por base o clássico conto wuxia Nie Yinniang, de Pei Xing. A musa taiwanesa Shu Qi interpreta Yinniang, a assassina do título, que para terminar seu treinamento precisa aprender a não ter piedade. Depois de uma missão incompleta, sua mestra envia Yinniang de volta à província de Weibo, de onde a aprendiz saíra anos antes, e exige que a assassina mate o governador Tian Ji'an (Chang Chen), o primo de Yinniang, por quem ela alimenta um sentimento.
Recomendo com ênfase.
domingo, 31 de julho de 2016
Para os fãs da trilogia, faltou a inovação. Estávamos mal acostumados.
JASON BOURNE (2016)
Depois de hackear o computador central da CIA nos EUA e encontrar novas informações sobre o passado de Jason Bourne (Matt Damon), Nicky Parsons (Julia Stiles) o encontra em lutas de rua num canto qualquer entre a Grécia e a Macedônia. Ao tentar recrutar Bourne para seu trabalho como hacker de uma organização que levanta e distribui na internet informações secretas de agencias de inteligência, Parsons revela a Bourne detalhes sombrios do seu passado e o motivo pelo qual ele foi recrutado. Com isso, ela entra na mira da CIA, envolve Bourne e cria o motivo e os meios para que BOURNE volte à ativa após alguns anos. Depois daí, o filme é repetitivo para todos os fãs da trilogia de JASON BOURNE. A seguir algumas das principais características da trilogia Bourne que são mantidas e repetidas à exaustão:
1. As angustiantes cenas de perseguição envolvendo ao mesmo tempo tanto agentes da CIA como a polícia local;
2. A excruciante tentativa de salvamento de Parsons;
3. As inteligentes lutas internas entre grupos da própria CIA pelo poder e para defender cada um seus próprios interesses.
4. Um arqui-inimigo bem treinado em perseguição a Bourne e Parsons;
Alguns pontos inovadores que fazem jus à trilogia Bourne:
1. Depois do evento Snowden, que expôs como nunca os organismos secretos americanos ao divulgar na internet documentos confidenciais, o filme se torna atual e inovador ao apresentar esse tema. Parsons trabalha para uma organização que tenta divulgar na internet informações confidenciais dessa agências. Bourne e Parsons são perseguidos exatamente para evitar que essas informações secretas venham a público.
2. Entra em cena uma jovem especialista em computadores, HEATHER LEE, em ascensão na CIA que aparece para ajuda-lo, criando um elo que permite que Bourne obtenha mais detalhes sobre seu passado;
3. A cena de perseguição com veículos em Las Vegas é incrível, espetacular, inovadora. Uma novidade em vários pontos.
4. A interação fantástica de novas tecnologias, redes sociais e empresas ponto com, com os programas de assassinos treinados para alcançar os objetivos e defender os interesses americanos mundo afora.
Para os fãs da Trilogia, faltou a inovação. Estávamos mal acostumados.
1. O filme peca em não seguir o modelo inovador dos três primeiros, apesar de manter a mesma pegada dos anteriores.
2. Estabelecidos os motivos iniciais, fica fácil adivinhar os próximos passos para quem assistiu em detalhes a trilogia inicial.
Uma única surpresa é reservada para o final com a personagem chamada Heather Lee, uma jovem agente, astuta e especialista em novas tecnologias que dá apoio interno a Bourne contra as ordens de seus chefes. Lee além da surpresa do filme é também o grande questionamento ao final. Um novo personagem que agrega e que pavimenta o caminho para uma nova sequência.
A chamada trilogia Bourne ( THE BOURNE IDENTITY(2002), THE BOURNE SUPREMACY (2004), THE BOURNE ULTIMATUM(2007) ) foram filmes de ação revolucionários em seu tempo. Uma câmera trêmula, como se nós estivéssemos todo o tempo acompanhando bem ao lado dos personagens, um roteiro original e cenas de perseguição e lutas impressionantes e absolutamente inovadoras. A inovação foi tanta, que os filmes de 007 mudaram por causa deles e muitos bons filmes de ação anteriores se apequenaram depois do aparecimento desses filmes. Sabemos que é difícil para um diretor e roteirista se reinventar a cada filme. Sabemos que é impossível para um grande artista ser melhor que sua obra prima. Os primeiros filmes da trilogia Bourne, principalmente o segundo e o terceiro, as obras primas desses diretores e roteiristas, dificilmente serão alcançados em termos de inovação e modernidade. Assim, nos resta a diversão, resta a esse filme caminhar sobre todos os pontos de sucesso deixados pelos filmes anteriores. Seguindo por essa trilha, o filme certamente será um sucesso e vale a pena assistir. Vale o ingresso. Caso você já tenha visto os três primeiros filmes, vai entender o que estou dizendo. Caso não tenha visto nenhum deles, você vai adorar o filme, torcer pela vitória de Bourne e acompanhar com atenção os vários personagens, a história e as cenas de ação e ao final terá visto um grande filme.
sábado, 23 de julho de 2016
A LENDA DE TARZAN (2016)
É impressionante a capacidade dos roteiristas e contadores de história de Hollywood para recriar personagens e temas antigos, já batidos e usados à exaustão. A LENDA DE TARZAN (2016) em cartaz nos cinemas é um exemplo disso. A história do menino branco que foi criado por gorilas na selva africana e se tornou o Tarzan e depois se apaixonou pela garota Jane, já foi contada em incontáveis filmes entre as décadas de trinta e noventa do século passado. O interesse do público por Tarzan é tanto que houve também uma série televisiva, quadrinhos, gibis, merchandising, propaganda etc. A Disney em 1999, retomou o tema e os personagens em filmes e séries de animação em que apresenta um jovem Tarzan ainda nos primeiros momentos de seu encontro com Jane.
Esse filme, A LENDA DE TARZAN (2016) consegue mais uma vez o que parecia impossível: empolgar, inspirar e levar uma multidão aos cinemas recontando uma história velha e batida. É o talento e a força de Hollywood em requentar uma velha pizza e nos apresentar com um novo molho.
O filme nos apresenta TARZAN em Londres, rico, aristocrático e investido dos poderes e riquezas como o Lord Greystock, título da realeza britânica que recebeu como herança de seus pais mortos na floresta enquanto ele era ainda um bebê. Casado com Jane, morando numa mansão rural inglesa do século XIX, cercado por empregados e pelas lembranças de seus dias na África. Tarzan é um homem triste e Jane uma mulher saudosa. A felicidade e as amizades ficaram para trás na África.
O filme se passa na década de 1850 e nos apresenta um problema político e econômico no país africano, o Congo, dominado pela monarquia colonialista Belga que tem problemas para pagar seus compromissos com a banca internacional, americanos e ingleses incluídos. Lord Greystock é chamado como emissário do parlamento britânico para usar suas habilidades para ajudar a desatar o nó africano. Os belgas escravizam o povo e exploram as riquezas das terras, até que um líder tribal importante – Chief MBounga (Djimon Hounsou) - se põe no caminho de seu administrador local, Capitão Rom (Christoph Waltz) . Esse líder tribal pede a cabeça de Tarzan como vingança, e oferece em troca sair do caminho dos belgas. Ele ainda consegue a grana necessária para que o corrupto capitão Rom prossiga com seus planos. Está montada a armadilha para atrair TARZAN de volta à África e a grande catapulta para os fortes acontecimentos que virão na próxima hora de filme.
Os personagens:
1. Tarzan/ Lord Greystock, resume-se a músculos e pouca emoção. Tarzan é um cara triste com superpoderes, com uma força animal e a habilidade para se comunicar com animais selvagens. Mete-se numa confusão sem saber, sai no braço com um irmão gorila e une homens e animais em defesa da sua esposa, das famílias de seus amigos e do Congo. Ao final, fica a sensação de que no próximo filme de Tarzan ele estará junto com a Liga da Justiça, ou unido ao Capitão América e ao Homem de Ferro no combate ao crime e a favor dos injustiçados.
2. Jane Porter, a personagem mais intrigante do filme. Mulher forte que escolhe acompanhar o marido para um continente hostil e não se intimida frente aos problemas e perigos. Representa a mulher moderna, que não segue o marido, mas faz suas próprias escolhas e enfrenta os problemas de igual para igual.
3. O vilão, Capitão Rom, com o excepcional ator Christoph Waltz, em mais um papel memorável. O cara é fera mesmo. Esteve nos excelentes filmes Bastardos Inglórios e recentemente na série 007. Rom é o administrador do país que toma a infeliz decisão de mexer com quem estava quieto na Inglaterra. Além de representar com maestria o estado monarquista, opressor, escravocrata e explorador do século XIX, o personagem caracteriza-se pela violência fina e corrupção. Só um super-herói para vencer esse super cara do mal, só a LENDA DO TARZAN.
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