segunda-feira, 8 de agosto de 2016
A ASSASSINA (2015) Taiwan. Poesia em imagens sobre a China medieval. Western de espadas.
A ASSASSINA (2015) Taiwan. Recomendo com ênfase. Poesia em imagens sobre a China medieval.
É um filme taiwanês, ganhador do prêmio de melhor diretor no festival de Cannes (2016). O diretor de nome impronunciável para os nossos padrões brasileiros é muito bom mesmo. As imagens, a fotografia, as cores, luzes, diálogos, e roteiro, quase tudo perfeito. O figurino também é muito bom. Pode ser classificado como filme de ação, e pode parecer lento para alguns, até mesmo para os padrões asiáticos. É também um romance, e até um “western de espadas” da China imperial medieval. Os detalhes da China história são impressionantes e cativam o expectador. Para o cinéfilo acostumado a ação intensa e música ensurdecedora, a decepção será evidente e rápida. A pouca e bela música é um componente surpreendente do filme. A música não compete com as imagens, as complementa. As imagens são o principal personagem do filme, belas e poéticas imagens.
O cineasta Hou Hsiao-Hsien envereda pelo wuxia, o mais tradicional gênero do cinema chinês. A Assassina (Nie Yin Niang, 2015) é uma fantasia medieval de artes marciais. O objetivo é encontrar poesia em coisas mundanas e violentas como uma assassina treinada para matar. Achar beleza nisso é para poucos cineastas, e aqui, encontramos um desses poucos.
A trama se passa na China do século 8, tem por base o clássico conto wuxia Nie Yinniang, de Pei Xing. A musa taiwanesa Shu Qi interpreta Yinniang, a assassina do título, que para terminar seu treinamento precisa aprender a não ter piedade. Depois de uma missão incompleta, sua mestra envia Yinniang de volta à província de Weibo, de onde a aprendiz saíra anos antes, e exige que a assassina mate o governador Tian Ji'an (Chang Chen), o primo de Yinniang, por quem ela alimenta um sentimento.
Recomendo com ênfase.
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