sábado, 27 de dezembro de 2014

ÊXODO – DEUSES E REIS (2014) - RIDLEY SCOTT FAZ UM GRANDE FILME A PARTIR DE UMA INTERPRETAÇÃO PESSOAL DA BÍBLIA

ÊXODO – DEUSES E REIS (2014) O filme é espetacular na parte visual. A fotografia é grandiosa e bela, como nas imagens da antiga capital do Egito; como nas imagens da travessia do povo pelo deserto e pelo mar vermelho, além das maravilhosas imagens das dez pragas do Egito. A sequencia das pragas é muito boa, os efeitos especiais são de tirar o fôlego. O filme trata da vida de Moisés e da relação de irmãos/primos entre Moisés e Ramsés, o faraó. Moisés, inicialmente um general do exército e principal conselheiro do Faraó Ramsés, na verdade é hebreu de nascimento, o povo que está escravizado no Egito há mais de quatrocentos anos. Moisés tem a preferência do pai de Ramsés, mas não pode ser o faraó. Essas emoções são o pano de fundo da discórdia entre esses dois homens. Moisés é alçado de chefe do exército Egípcio a chefe da sedição que busca libertar o povo hebreu da escravidão. O filme é livremente baseado no texto bíblico do livro de Êxodo, porém, em algumas partes o diretor RIDLEY SCOTT (O GLADIADOR) deixa o texto de lado e cria sua própria versão para o Êxodo. Os principais exemplos são quando transforma Moisés num general de Guerra; depois transforma os israelitas em terroristas sabotadores, com Moisés, quem diria, à sua frente (certamente uma referência aos tempos atuais só que oposta, já que os israelenses agora são a representação do que era o Egito, um Estado poderoso e rico); ou quando faz do TODO PODEROSO, um menino mimado e vingativo; e quando mostra Moisés discutindo face a face com o TODO PODEROSO. Entretanto, como obra geral, o filme é grandioso. Cristian Bale (Moisés) interpreta muito bem um Moisés guerreiro e cheio de dúvidas sobre sua própria fé e Joel Edgerton (Ramsés), fica apagado e não passa o que o personagem poderia, inveja, vingança traição e morte. O roteiro é bem escrito, sendo um filme longo, mas que não nos deixa entediados. O expectador fica grudado na tela até o último momento, mesmo sendo uma história que todo mundo já sabe o final, e que já foram feitos diversos filmes sobre o mesmo tema. Nesse ponto, RIDLEY SCOTT conseguiu inovar e contar de uma forma nova, bela e grandiosa uma história antiga e já contada em filmes por grandes diretores no passado. CONCEITO: MUITO BOM.

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